segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Uma flor rara.


Havia uma jovem muito rica, que tinha tudo: um marido maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego que lhe pagava muitíssimo bem, uma família unida.
O estranho é que ela não conseguia conciliar tudo isso, o trabalho e os afazeres lhe ocupavam todo o tempo e a sua vida estava deficitária em algumas áreas. Se o trabalho lhe consumia muito tempo, ela tirava dos filhos, se surgiam problemas, ela deixava de lado o marido... E assim, as pessoas que ela amava eram sempre deixadas para depois.
Até que um dia, seu pai, um homem muito sábio, lhe deu um presente: uma flor muito cara e raríssima, da qual havia um apenas exemplar em todo o mundo.
E disse a ela: - Filha, esta flor vai te ajudar muito mais do que você imagina! Você terá apenas que regá-la e podá-la de vez em quando, ás vezes conversar um pouquinho com ela, e ela te dará em troca esse perfume maravilhoso e essas lindas flores.
A jovem ficou muito emocionada, afinal a flor era de uma beleza sem igual. Mas o tempo foi passando, os problemas surgiam, o trabalho consumia todo o seu tempo, e a sua vida,que continuava confusa, não lhe permitia cuidar da flor. Ela chegava em casa, olhava a flor e as flores ainda estavam lá, não mostravam sinal de fraqueza ou morte, apenas estavam lá, lindas, perfumadas. Então ela passava direto.
Até que um dia, sem mais nem menos, a flor morreu. Ela chegou em casa e levou um susto! Estava completamente morta, suas raízes estavam ressecadas, suas flores caídas e suas folhas amarelas. A jovem chorou muito, e contou a seu pai o que havia acontecido.
Seu pai então respondeu: - Eu já imaginava que isso aconteceria, e eu não posso te dar outra flor, porque não existe outra igual a essa, ela era única, assim como seus filhos, seu marido e sua família. Todos são bênçãos que o Senhor te deu, mas você tem que aprender a regá-los, podá-los e dar atenção a eles, pois assim como a flor, os sentimentos também morrem. Você se acostumou a ver a flor sempre lá, sempre florida, sempre perfumada. E se esqueceu de cuidar dela.
Cuide das pessoas que você ama!
E você? Tem cuidado das bênçãos que Deus tem lhe dado? Lembre-se da flor, pois como elas são as bênçãos do Senhor: Ele nos dá, mas nós é que temos que cuidar delas.
“TU ÉS RESPONSÁVEL POR AQUILO QUE CATIVAS”

Autor Desconhecido.

Para todas as mulheres...

Texto na Revista do Jornal O Globo'

Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.
Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou:trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana,
decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema,
pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente,compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.
Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é [super]..
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.
É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar. Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.
Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo.Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante"

Martha Medeiros
SOU PROFESSOR
Nasci no primeiro momento em que uma pergunta saltou da boca de uma criança.
Tenho sido muitas pessoas em muitos lugares.
Sou Sócrates, estimulando a juventude de Atenas para descobrir novas idéias usando perguntas.
Sou Anne Sullivan, tamborilando os segredos do universo sobre a mão estendida de Helen Keller.
Sou Esopo e Hans Christian Andersen, revelando a verdade por meio de muitas, muitas estórias.
Sou Darcy Ribeiro, construindo uma universidade a partir do nada no planalto brasileiro.
Sou Ayrton Senna, que transforma sua fama de herói esportista em recursos para educar crianças em seu país.
Sou Anísio Teixeira, na sua luta de democratização da educação para que todas as crianças brasileiras tenham acesso à escola.
Os nomes daqueles que exerceram minha profissão constituem uma galeria da fama da humanidade:Buda, Paulo Freire, Confúcio, Montessori, Emilia Ferreiro, Moisés, Jesus.
Eu sou também aqueles nomes e rostos que já foram esquecidos, mas cujas lições e cujo caráter serão para sempre lembrados nas realizações dos que educaram.
Já chorei de alegria em casamentos de ex-alunos, ri de felicidade pelo nascimento de seus filhos e me quedei de cabeça baixa, em dor e confusão, junto a sepulturas cavadas cedo demais para corpos jovens demais.
No decorrer de um dia já fui chamado para ser artista, amigo, enfermeiro, médico, treinador; tive de encontrar objetos perdidos, emprestar dinheiro, fui motorista de táxi, psicólogo, substituto de pai e mãe, vendedor, político e guardião da fé.
Apesar de mapas, gráficos, fórmulas, verbos, histórias e livros, na verdade não tive nada a ensinar aos meus alunos porque o que eles de fato têm de aprender é quem eles são.
E eu sei que é preciso um mundo para ensinar a uma pessoa quem ela é.
Eu sou um paradoxo.
Quanto mais escuto, mais alta se faz ouvir minha voz.
Quanto mais estou disposto a receber com simpatia o que vem de meus alunos, mais tenho para oferecer-lhes.
Riqueza material não faz parte dos meus objetivos, mas eu sou um caçador de tesouros, dedicado em tempo integral à procura de novas oportunidades para meus alunos usarem seus talentos e buscando sempre descobrir seu potencial, às vezes enterrado sob o sentimento do fracasso.
Sou o mais afortunado dos trabalhadores.
Um médico pode trazer uma vida ao mundo num só momento mágico. A mim é dado cuidar que a vida renasça a cada dia com novas perguntas, melhores ideias e amizades mais sólidas.
Um arquiteto sabe que, se construir com cuidado, sua estrutura pode durar séculos. Um professor sabe que, se construir com amor de verdade, sua obra com certeza durará para sempre.
Sou um guerreiro que luta todos os dias contra a pressão de colegas, a negatividade, o medo, o conformismo, o preconceito, a ignorância e a apatia.
Mas tenho grandes aliados: a inteligência, a curiosidade, o apoio dos pais, a individualidade, a criatividade, a fé, o amor e o riso.
Todos vêm reforçar minha trincheira.
E a quem devo agradecer pela vida maravilhosa que tenho senão a vocês, pais, que me honraram ao me confiar seus filhos, que são sua maior contribuição para a eternidade.
E assim tenho um passado rico em recordações.
Tenho um presente desafiador, cheio de aventuras e alegrias, porque me é dado passar todos os meus dias com o futuro.
Sou um Professor... ...e agradeço a Deus por isso
Todos os dias de minha vida...

Mensagem para os professores

“Somos professores? Muito mais!
Somos educadores? Mais ainda!
Somos vendedores de sonhos!
Vendemos sonhos para o abatido se animar,
Para o tímido ousar, o ansioso se tranquilizar,
Para o poeta se inspirar e para o pensador criticar e criar.
Sem sonhos, somos servos!
Sem sonhos, obedecemos ordens!
Que vocês, nossas Professoras, sejam grandes sonhadoras!
E se sonharem, não tenham medo de caminhar!
E se caminharem, não tenham medo de tropeçar!
E se tropeçarem, não tenham medo de chorar.
Levantem-se, pois não há caminhos sem acidentes.
Dêem sempre uma nova chance para si mesmas.
Pois a liberdade só é real se após falharmos
Existir o direito de recomeçar...”

Augusto Cury

Para refletir...

A comunicação dirige nossos pensamentos e molda nossas ações e, de alguma forma, ela nos ajuda a criar a nossa realidade, evidenciando nossos pontos fortes ou potencializando nossas limitações. A habilidade de usar a comunicação verbal (oral ou escrita) com precisão é essencial para facilitar o relacionamento entre as pessoas.

1.CUIDADO COM A PALAVRA NÃO.

A Frase que contém NÃO, para ser compreendida, traz à mente o que está junto com ela. O NÃO existe apenas na linguagem e não na experiência. Por exemplo: pense em NÃO"... Não vem nada à mente. Agora, vou lhe pedir não pense na cor vermelha... Eu pedi para você NÃO pensar na cor vermelha e você provavelmente pensou. Procure falar somente o que quer e não o que não quer.

2. CUIDADO COM A PALAVRA MAS, QUE NEGA TUDO QUE VEM ANTES.

Por exemplo: "O Pedro é um rapaz inteligente, esforçado, MAS...". Substitua o MAS por E, quando indicado.

3.CUIDADO COM A PALAVRA TENTAR, QUE PRESSUPÕE A POSSIBILIDADE DE FALHA.

Por exemplo: "Vou tentar encontrar com você amanhã às 8 horas". Em outras palavras: Tenho grande chance de não ir, pois vou "tentar". Evite TENTAR, FAÇA.

4.CUIDADO COM NÃO POSSO OU NÃO CONSIGO, que dão idéia de incapacidade pessoal.

Use NÃO QUERO, NÃO PODIA ou NÃO CONSEGUIA, que pressupõe que vai conseguir, que vai poder.

5.CUIDADO COM AS PALAVRAS DEVO, TENHO QUE OU PRECISO, que pressupõem que algo externo controla a sua vida.

Em vez delas use QUERO, DECIDO, VOU.

6.FALE DOS PROBLEMAS OU DAS DESCRIÇÕES NEGATIVAS DE SI MESMO, UTILIZANDO O VERBO NO PASSADO.

Isto libera o presente. Por exemplo, "Eu tinha dificuldade em fazer isto..."

7.FALE DAS MUDANÇAS DESEJADAS PARA O FUTURO UTILIZANDO O TEMPO PRESENTE DO VERBO.

Por exemplo: em vez de dizer "Vou conseguir", diga "Estou conseguindo".

8.SUBSTITUA O SE POR QUANDO.

Por exemplo: em vez de falar "Se eu conseguir ganhar dinheiro vou viajar", fale "Quando eu conseguir ganhar dinheiro vou viajar".

9.SUBSTITUA ESPERO POR SEI.

Por exemplo: em vez de falar "Eu espero aprender isso", diga "Eu sei que vou aprender isso". ESPERAR suscita dúvidas e enfraquece a linguagem.

10.SUBSTITUA O CONDICIONAL PELO PRESENTE.

Por exemplo: Ao invés de dizer "Eu gostaria de agradecer à presença de vocês", diga "Eu AGRADEÇO a presença de vocês". O verbo no presente fica mais forte e concreto.

Autor Desconhecido.

Adaptação

Adaptação bem feita - Cristiane Marangon (novaescola@atleitor.com.br) – Revista Nova Escola edição 207 Novembro 2007.

A decisão de matricular o filho na Educação Infantil é movida por diferentes razões. Alguns precisam apenas de um lugar para deixá-lo, enquanto outros entendem que esse é o ambiente mais apropriado para os pequenos. Nos dois casos, os primeiros dias na creche costumam não ser fáceis. As mães (ou responsáveis) choram discretamente, se sentindo culpadas pela separação, e a criançada abre o berreiro ao ver os adultos saírem pela porta. Evitar cenas assim é possível quando os profissionais escolares programam uma boa adaptação para todos. "Como, na maioria das vezes, essa é a primeira vivência de meninos e meninas num espaço coletivo fora de casa, devemos fazer dessa experiência a grande e boa referência para as próximas relações", diz Beatriz Ferraz, diretora de projetos de formação continuada da Escola de Educadores, em São Paulo.
No Colégio Farroupilha, em Porto Alegre, a professora Edimari Rodrigues Romeu tem grande preocupação com a adaptação. "Para amenizar o sofrimento das famílias, é preciso mostrar que as crianças ficam bem na creche", lembra. Com isso em mente, ela desenvolveu no início deste ano o projeto Um Cantinho da Minha Casa na Escola com sua turma de berçário. O trabalho com os pequenos, de até 1 ano e meio, durou dois meses e rendeu um diploma por ter ficado entre os 50 melhores do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10 em 2007.
Durante a entrevista com as famílias, Edimari pediu fotos das crianças com os parentes, os animais de estimação e os brinquedos preferidos. "É importante que elas encontrem objetos pessoais na escola", justifica. "Isso dá a sensação de extensão de casa na instituição." Com o material, escolheu um canto, colocou um tapete colorido de EVA no chão e espalhou almofadas e brinquedos devidamente identificados. Em paralelo, confeccionou um painel com os retratos. Tirou cópias coloridas e as fixou em cartolina branca com um adesivo transparente largo. Por fim, colocou o mural na parede numa altura acessível ao grupo.

Álbum de fotos:

As imagens originais foram para álbuns individuais. A professora cortou ao meio folhas coloridas de tamanho A4 e colou as fotos em cada pedaço. Depois, digitou as legendas no computador e imprimiu em papel branco. Nelas, o nome das pessoas e a situação ("Pedro com seus avós no parque", por exemplo). Para garantir mais durabilidade, envolveu as folhas com plástico adesivo transparente. Com o furador, fez dois orifícios em todas as páginas e as uniu com barbante. Na capa, escreveu "Eu e minha família". Como a intenção era deixá-los ao alcance da criançada, ela tomou o cuidado de não usar grampeador nem fio de náilon para não causar machucados.
Todos os dias, alguém chegava com um brinquedo para juntar ao canto. Edimari reunia a turma numa roda, fazia a chamada e mostrava o novo objeto. "Eu contava quem havia trazido e estimulava o empréstimo, mas nem sempre era atendida. Quem não queria compartilhar era respeitado", diz. Dessa maneira, ficava entendido o que pertencia a quem. O mesmo aconteceu com a inserção de fotos inéditas, com destaque para o nome e as peculiaridades de cada família.
O tempo todo, os pequenos estão livres para explorar o espaço. "Em alguns momentos, eles ficam um longo período olhando e observando seus parentes e os dos colegas", conta. Mas nem todos se acalmam vendo a imagem da família na parede. No princípio, era comum alguns chorarem de saudade. Quando isso acontecia, a educadora os pegava no colo e conversava sobre o momento em que se reencontrariam com os pais novamente. Um de seus argumentos era a proximidade da hora de saída. Para os que não têm autonomia para se locomover, como os bebês de colo e os que ainda não engatinham ou andam, a estratégia é levá-los ao painel ou fixar as fotos no chão com plástico adesivo transparente. Desde o início do ano, Edimari já refez o material algumas vezes por causa da manipulação, mas isso não é problema. O que importa mesmo é o bem-estar da turma.

Envolvimento de todos:

O CEI Mina, na capital paulista, tem um projeto institucional de adaptação bastante elogiado. Assim que recebe a lista de interessados em fazer a matrícula, a diretora Rosangela Santos Barbosa marca uma entrevista com os pais ou os responsáveis. No dia combinado, ela aplica um questionário com perguntas sobre concepção, gestação, parto, relações afetivas, higiene, alimentação, sono e outros aspectos da vida da criança em casa. Sua intenção é reunir informações para que a equipe consiga fazer um atendimento personalizado. Depois, ela explica o planejamento pedagógico e apresenta todos os espaços e funcionários, dando ênfase aos lugares onde a criança vai ficar. O fim da conversa é um convite para que os adultos passem alguns dias na creche, acompanhando a rotina.
Rosangela tem objetivos definidos. "Quero proporcionar tranquilidade e fazer com que todos se sintam seguros acompanhando nosso trabalho", explica. A medida tem um ganho adicional. Com a família dentro da instituição, os professores aprendem mais rapidamente a melhor maneira de cuidar do novo integrante da turma. "O ideal é que a primeira troca de fraldas seja feita pela mãe com a observação do educador", defende a consultora Beatriz.
Na CEI Mina, os adultos participam ainda de palestras e discussões pedagógicas. "Sempre exibo um vídeo e leio sobre o tema adaptação antes de iniciar uma reflexão", conta a diretora. Além do ambiente preparado com mesa, cadeiras e videocassete, ela oferece um lanche. Nesse clima descontraído, todos se sentem à vontade para compartilhar impressões e angústias. Com o entrosamento no espaço escolar, Rosangela propõe uma oficina de sucata para a confecção de um brinquedo. A produção dos pais é sempre colocada na sala da creche. Outra iniciativa é integrar os participantes às atividades do dia-a-dia. "O envolvimento é tão grande que as pessoas não se restringem a dar atenção aos seus", narra.
Os especialistas recomendam ainda compartilhar um texto sobre o desenvolvimento infantil e explicar o que acontece em cada época da infância, principalmente na fase em que está o filho.

A equipe e a família:

A equipe pedagógica também merece uma adaptação. "A rotina da instituição se altera completamente com a chegada de cada novo integrante, seja no início do ano, seja agora", justifica Silvana Augusto, assessora para Educação Infantil e formadora de professores, de São Paulo. Nesse caso, coordenadores e diretores devem orientar professores e demais funcionários sobre como se comportar: por exemplo, explicar aos cozinheiros que, se acriança rejeitar a comida, não é um problema do trabalho dele.
A adaptação é um período de aprendizagem. Família, escola e crianças descobrem sobre convívio, segurança, ritmos e exploração de novos ambientes, entre tantas outras coisas. Para as famílias das crianças do CEI Mina, fica a clareza de fazer parte da creche, pois a equipe considera o sentimento delas para desenvolver o próprio trabalho. "Estamos prontos para receber os pais. Eles são nossos parceiros!", diz Rosangela.
No Colégio Farroupilha, a professora gaúcha também alcançou seu objetivo: as crianças rapidamente ficaram tranqüilas dentro do novo ambiente. Para demonstrar isso aos pais ou responsáveis, fez fotos de diferentes situações, como a brincadeira no tanque de areia, a hora do lanche, o abraço apertado no brinquedo querido e os olhares felizes em direção ao mural. "As crianças aprendem a ficar longe da família e, com isso, se apropriam dos espaços da creche", avalia.

Os primeiros dias

 
         Perceber que não só as crianças devem ser acolhidas e inseridas, mais seus pais também. É importante respeitar os sentimentos dos pais que muitas vezes se sentem culpados em deixar seus filhos com pessoas estranhas à família, esclarecendo que as novas relações irão enriquecer os universos das crianças e de seus pais, sem substituí-los no seu papel principal.
         Consideramos fundamental que um dos pais permaneça na Instituição, acompanhando de perto o processo de inserção de seu filho, caso não possam acompanhar esse processo, é aconselhável que indiquem outra pessoa de confiança da criança para cumprir esse papel.
         Acreditamos que para a criança essa é a forma mais suave de superar esta fase, pois se sentirá mais segura para explorar o novo ambiente.
            O educador que recebe uma criança nova na turma também vivencia momentos conflitantes, com dúvidas e insegurança. Para facilitar esse processo os professores seguem algumas orientações como:
  • Informar os pais sobre o funcionamento da Instituição de forma detalhada e organizada, para que possam ter a maior clareza possível quanto aos princípios filosóficos e educacionais em que pauta o trabalho no espaço educativo que estão escolhendo para acolher seus filhos, para que compreendam o trabalho realizado com as crianças, que confiem nos adultos e que se sintam bem em deixar seus filhos nesta Instituição.
  • Explicar aos pais que o período de adaptação é de aproximadamente 3 a 4 semanas e que as dúvidas, as inseguranças e culpas fazem parte desse processo, porém eles não estão sozinhos, pois o CEI também participa no processo de adaptação de seu filho.
  • Permitir que nesse momento inicial da criança na Instituição ela traga de casa objetos que lhe de segurança e conforto, como chupetas, paninho, travesseiro, bichinhos de pelúcia, brinquedos entre outros. A medida que adquire mais intimidade com o novo espaço e as novas pessoas de referência, ela irá abrindo mão desses apoios. Os objetos podem estar simplesmente por perto, na mochila, no armário, onde ela recorrerá a eles provavelmente em momentos de maior fragilidade. Aos pouquinhos, a criança pode ser convidada a contribuir com objetos trazidos de casa para as dinâmicas do grupo, o que lhe causará grande prazer. Fotografias suas em diferentes idades e situações, com seus familiares, inclusive, também ajudam. Nos primeiros dias as crianças se sentirão mais a vontade explorando ambientes, acompanhadas. Geralmente preferem a área externa, mexer com água, terra, areia, brincar no parquinho, até que aos poucos vão sendo atraídos pelo grupo de crianças, pelo desejo e curiosidade de “VER” o que esta acontecendo. As experiências vividas neste período devem ser agradáveis, tanto para a criança, como para a Instituição, pois sempre propiciam aprendizagem.
  • Organizar a sala de modo que o ambiente seja motivador, evitando o uso de mesas nas turmas menores, colocando colchões no chão para as crianças sentarem e disponibilizando brinquedos que favoreçam a afetividade, como bonecas, bichos de pano etc..
  • Planejar atividades simbólicas que trabalhem a relação de perda (esconde-esconde, brincadeiras de imitar animais, entre outras).
  • Receber a criança demonstrando alegria e satisfação por sua chegada
  • Estar presente no momento em que os pais se despedem da criança para ampará-la, dizendo-lhe que seus pais foram trabalhar e que virão buscá-la em determinado horário relacionando este com uma atividade específica (após o sono, lanche da tarde, passeio etc). Nesse momento é muito importante o contato físico, educador/criança.
         As dificuldades no período de inserção não acontecem apenas no ingresso da criança na unidade, podem também acontecer quando ela retorna após um período de afastamento seja por férias, tratamento de saúde, férias dos pais ou qualquer outra situação.
         Entendemos que inserção e acolhimento expressam melhor o que pretendemos que seja esse momento na vida das crianças e das famílias. Todos os envolvidos nesse processo precisam estar abertos para se integrarem no novo grupo que se constituem, novas formas de ocupação dos espaços, enfim, nas novas interações que se instalam.
                

O início do ano letivo e a adaptação das crianças pequenas.

Por Rosa Maria de Freitas Rogerio
O início do ano letivo na instituição de Educação Infantil traz uma grande preocupação para os profissionais da educação: a adaptação das crianças à rotina da escola. Além da adaptação das crianças ao ambiente da escola, a família e os professores também passam por um processo de adaptação. Quando a criança chega à instituição educativa, ela precisa ser recebida com muito carinho e respeito para que possa se sentir segura e acolhida e para que possa ter todas suas necessidades atendidas. Garantir que todos vivenciem um processo de adaptação tranquilo e confortável é tarefa dos profissionais de educação. A criança que vai frequentar a escola precisa encontrar um ambiente que assegure a satisfação de suas necessidades físicas, lhe ofereça suporte emocional e contribua para a formação da sua identidade. Para que isso aconteça de forma natural é fundamental que a instituição educativa estabeleça uma parceria com a família porque pais e professores vão compartilhar a ação educativa.
O contexto da família e o contexto da escola são diferentes por natureza, por isso a escola precisa promover encontros com os pais/responsáveis das crianças que vai acolher, para que possam trocar informações sobre os ideais de educação de cada parte interessada nesse processo. Para trabalhar de modo produtivo no estabelecimento de uma aproximação com as famílias, os professores de creches e pré-escolas devem considerar que a família nuclear típica da cultura burguesa não é, hoje, a única referência existente (OLIVEIRA, 2007, p. 176). Conhecer o contexto familiar e social de cada criança, antes de acolhê-la na instituição educativa, ajuda no planejamento de atividades para o período de adaptação, pois a criança por pequena que seja [...] já viveu, em sua família, um conjunto de experiências transcendentes a si. Os professores e as professoras necessitam saber como é essa criança, quais os seus ritmos, que pautas de relação está estabelecendo e com que pessoas, o que lhe agrada e o que não lhe agrada, etc. (BASSEDAS, HUGUET & SOLÉ, 1999, P. 285).
Sabendo dessa realidade subjetiva, o professor precisa elaborar estratégias de acolhimento que levem em conta as características particulares de cada um e o contexto do grupo de crianças que irá frequentar a sua sala de aula. Não será apenas uma criança que estará ingressando na instituição educativa, haverá outros novatos e o professor vai lidar com as necessidades de todas as crianças. Como o professor pode promover uma adaptação tranquila para estas crianças que estão sob sua responsabilidade? O primeiro passo é conhecer o histórico familiar da criança. Para isso é importante que a instituição de Educação Infantil realize entrevistas com os pais/responsáveis para saber sobre a vida da criança até o momento de entrada na escola e, dessa forma, se preparar para lidar com o apego da criança em relação a sua família. O sofrimento da separação pode ser evitado ou diminuído quando a instituição educativa se prepara para receber de forma acolhedora as crianças que nunca estiveram por tanto tempo longe do seu ambiente familiar, e quando essa instituição consegue tranquilizar os pais/responsáveis em relação à ansiedade e à insegurança de deixar o filho neste novo ambiente.
Algumas iniciativas podem garantir tranquilidade e naturalidade ao processo de adaptação da criança ao ambiente escolar. Os professores podem:
- possibilitar que a criança traga alguns objetos familiares de casa: seu travesseiro, algum brinquedo, paninho, etc;
- inserir a criança em atividades interessantes, estimulá-la a manipular objetos, senti-los, significá-los, a observar os companheiros e a interagir com eles;
- organizar o ambiente (com objetos e locais mais livres para locomoção), para facilitar que o bebê ou a criança pequena brinque com outras crianças sem perder de vista o professor;
- relatar diariamente para a família alguma situação da qual a criança participou com mais interesse, a fim de tranquilizar os familiares (SÃO PAULO, 2007, p. 31).
Para além dessas iniciativas, a instituição de Educação Infantil precisa disponibilizar outros funcionários para auxiliar o professor na tarefa de adaptação dos pequenos ao ambiente escolar. O professor responsável por dez, quinze ou até vinte crianças não consegue lidar sozinho, nesse momento inicial, com as necessidades de todas elas e precisa de ajuda. Essa ajuda pode vir em relação aos momentos de alimentação, de troca de roupas ou banho e de preparo para o descanso. Os professores que recebem os ‘calouros’ do berçário também vivenciam um processo de adaptação, pois possuem poucas referências sobre as crianças. Diante disso, a instituição de Educação Infantil, através de sua equipe gestora, é responsável por oferecer condições adequadas de trabalho ao professor para que este disponha de ambiente confortável e bem organizado para a recepção dos bebês. Não há como exigir bom desempenho profissional de um professor que não dispõe de ambiente adequado para exercer suas funções.
O que seria um ambiente adequado? Uma sala bem ventilada, com diversos estímulos visuais, que ofereça conforto físico e bem estar emocional, que seja elaborada com móveis específicos para a primeira infância, etc. Como já foi dito, o professor precisa de um colaborador ou auxiliar para ajudá-lo a garantir um processo de adaptação tranquilo. Poderá haver momentos em que mais de uma criança estará chorando. Como lidar com as necessidades emocionais de mais de um ao mesmo tempo? Com paciência e tranquilidade. A crise de choro pode ser muito estressante para as outras crianças do grupo e até mesmo para o professor. Este precisa ser paciente para escutar esse choro, que é apropriado à situação – e não tentar calar ou distrair a criança sacudindo um brinquedo à frente dela, fazendo barulhos supostamente reconfortantes ou jogando-a para cima enquanto a segura. A ansiedade deve ser expressa em um contexto de tranquila aceitação, da mesma maneira que tentaríamos consolar um adulto que passa por uma situação de perda e luto (GOLDSCHMIED, 2006, p. 65).
As relações pessoais íntimas entre educando e educador precisam primar pelo desenvolvimento e felicidade das crianças. O vínculo afetivo é muito importante para o bem estar da criança porque através dele esta estabelece suas próprias relações com o mundo que a cerca. Quanto mais carinho, afeição e bem estar a criança sentir, mais confortável e tranquilo será seu processo de adaptação à rotina do novo ambiente. O horário coletivo de formação, dentro da jornada de trabalho do professor, é um momento ideal para troca de experiências sobre a adaptação. Os professores, mesmo os mais experientes, recebem crianças novas a cada início de ano e precisam conversar sobre como proceder em seu acolhimento inicial. Dicas, conselhos e sugestões de atividades coletivas são sempre bem vindas nesse momento de formação e enriquecem o repertório profissional de todos os profissionais.
Muitas mães se sentem culpadas por terem que deixar seus filhos em instituições educativas para poderem trabalhar. Esse sentimento precisa ser superado porque o ambiente escolar oferecerá diversos estímulos para a criança e esta se desenvolverá muito bem. Os professores e a equipe gestora são responsáveis pela formação dos pais/responsáveis em relação ao cuidado e à educação de seus filhos e em relação a esse momento de primeira grande separação dos pais/responsáveis e das crianças.O professor não tem um papel terapêutico em relação à criança e sua família, mas o de conhecedor da criança, de consultor, apoiador dos pais, um especialista que não compete com o papel deles. Ele deve possuir habilidades para lidar com as ansiedades da família e partilhar decisões e ações com ela. Se assim ocorrer, a família terá no professor alguém que lhe ajude a pensar sobre seu próprio filho e a se fortalecer como recurso privilegiado do desenvolvimento infantil (OLIVEIRA, 2007, p. 181).
Dessa forma, os professores conquistam a parceria dos pais na educação e no cuidado das crianças pequenas e conseguem garantir uma fase de adaptação tranquila para todos os envolvidos nesse processo: crianças, pais/responsáveis e profissionais de educação.
Os bebês e suas famílias, ao serem bem recebidos e acolhidos pela instituição de Educação Infantil, se adaptam bem à rotina do ambiente escolar. Esse momento de recepção, de acolhimento e de adaptação, tanto de bebês, como dos pais/responsáveis e dos professores, necessita de planejamento e avaliação coletivos por parte dos profissionais de educação da unidade escolar. Lembrem-se sempre de que o período de adaptação varia de criança para criança, é único e precisa ser respeitado.
Rosa Maria de Freitas Rogerio é Mestre em Educação pela Faculdade de Educação da USP e Professora de Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. E-mail: rosarogerio@yahoo.com.br Fonte: direcionalescola.com.br

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O viveiro


Objetivos:
·       Desfrutar e valorizar as diferentes manifestações da natureza;
·       Conhecer algumas características das plantas, o seu crescimento e desenvolvimento;
·       Conhecer os cuidados com as sementes e plantas e os procedimentos para o plantio;

Atividades:
·       Visita a um viveiro de plantas: percorrer os diversos espaços do lugar, observando os ambientes criados segundo a variedade de plantas;
·       Entrevistar as pessoas do local sobre as principais tarefas que ali desempenham, a organização e manutenção; perguntar também sobre os inseticidas e fertilizantes, suas aplicações e resultados;
·       Observar as características das plantas que ali se encontram, os diferentes tipos de vasos (plástico, cerâmica, madeira, xaxim, descartáveis, etc.) e os acessórios utilizados como pás, ancinhos, tesouras, rastelos, regadores e outros;
·       Escolher uma espécie que se adapte às características do Centro de educação infantil para que seja cultivada neste espaço, levando em conta suas necessidades de luz, espaço, temperatura e rega.
·       Montar uma coleção aromática de plantas desidratadas (temperos como louro, orégano, tomilho, sálvia; plantas utilizadas para fazer chá como hortelã, camomila, erva-doce, erva-cidreira, poejo, menta e outros);
·       Plantar mudas de salsinha, alface, aipo, orégano, alecrim, repolho e de várias flores;
·       FLORES: observar e comparar as flores, alisar flores comuns e colocá-las entre duas folhas de papel toalha ou guardanapo e prensá-las com o peso de vários livros. Deixar por duas semanas e depois colar sobre cartões para presentear.
·       RAÍZES: Solicitar às famílias que enviem para a escola amostras de plantinhas e matos com diferentes tipos de raízes, observar, comparar, registrar e colocá-las para crescer em potes;
·       FOLHAS: Colecionar folhas de diferentes formas e tamanhos, fazer carimbos e relevos com folhas de árvores que possuem diferentes nervuras;
·       CAULES: Juntar galhos secos das árvores e montar arvorezinhas, decorá-las e fixá-las em uma base de massinha;
·       FRUTOS: Observar frutos cortados ao meio, extrair as sementes de tomates, pimentões e frutas, deixá-las secar e colocá-las para germinar.
·       Jogo matemático: O Semeador: Providenciar para cada jogador uma forma de gelo, dados e sementes grandes. Como jogar? Cada jogador joga o dado e coloca a quantidade de sementes correspondentes em sua sementeira, vence o jogo aquele que conseguir preencher a sementeira primeiro.



PARA RECORDAR A CADA DIA DO ANO COM O SEU GRUPO:


·       Escolha as palavras mais lindas para as suas crianças;
·       Contagie-os com o seu entusiasmo em aprender e viver;
·       Escute-os, respeite-os e seja paciente com eles;
·       Dê-lhes normas firmes e justas;
·       Aja com generosidade, eles aprenderão com você;
·       Organize e otimize seu tempo, assim renderá melhor cada dia;
·       Não se exceda nos trabalhos que leva para a sua casa, tenha tempo para descansar e divertir-se;
·       Cumpra as promessas feitas as suas crianças;
·       Busque ajuda e apoio de seus colegas;
·       Que a sua sala seja um lugar acolhedor, onde as criança sintam-se confortáveis, seguras e respeitadas;
·       Transmita-lhes confiança, para que não temam cometer erros, pois a partir deles é que se aprende;
·       Que o seu tratamento não demonstre preferências por alguns, dê a todos a mesma atenção;
·       Continue capacitando-se, aprendendo e desenvolvendo-se cada vez mais;
·       Cuide de seu corpo: alimente-se bem, faça ginástica e descanse o necessário;
·       Lembre-se de que você vale muito.

Autor Desconhecido.

Como trabalhar os sentimentos com as crianças pequenas?

Uma ótima sugestão são através da série de livros: "Quando me sinto..." de Trace Moroney publicado pela editora Ciranda Cultural de 2007, em que a cada livro são abordados um sentimento diferente como inveja, medo, tristeza, bondade, irritação, solidão, felicidade e amor. As imagens são lindas e traduzem como as crianças se sentem ao vivenciarem os vários sentimentos no seu cotidiano. Ao final de cada livro há uma nota para os pais com orientações.

Conforme Melbourne, psicóloga infantil relata na nota para os pais: "cada um dos livros da coleção 'Quando me sinto...' foi cuidadosamente desenvolvido para ajudar a criança a entender melhor seus sentimentos e suas emoções e, assim, ganhar maior autonomia (liberdade) em sua vida. Falar sobre os sentimentos ensina a criança que, de vez em quando, é normal sentir-se triste, zangada ou assustada. Com uma tolerância maior em relação aos sentimentos mais dolorosos, a criança torna-se livre para desfrutar seu mundo, para sentir-se segura com suas habilidades e ser feliz".

Vale a pena conferir!!!

Segue abaixo as fotos das capas de cada livro.








sábado, 8 de janeiro de 2011

Organização do espaço


 
O espaço físico é um grande aliado dos educadores na educação de crianças pequenas. É necessário investir tempo, energia e algum recurso para assegurar o bem-estar físico, a segurança, as aprendizagens e principalmente o conforto nos Centros de Educação Infantil.
Há diferentes formas de organizar os ambientes educativos para que eles possam tornar-se aconchegantes, seguros e desafiadores ao mesmo tempo.
A seguir damos algumas sugestões. Cantos de atividades diversificadas. Organizar diferentes atividades, por um período do dia, em um mesmo ambiente é uma possibilidade bem interessante. Quando a sala é organizada em “cantos” configura-se uma estratégia de organização e planejamento de atividades que possibilita ao professor conhecer melhor as crianças, acompanhá-las em suas aprendizagens, observar as suas necessidades e replanejar sua ação com maior segurança.
O que são:
• Atividades permanentes com frequência diária.
• Organizadas por temas, por materiais, por conteúdos.  
• Organizadas pelo adulto e pelas crianças.
• Permitem que as crianças escolham o que fazer.
• Permitem que as crianças escolham seus parceiros para brincar.
Princípios norteadores:
• Respeito às escolhas das crianças.
• Incentivo à autonomia.
• Ampliação cultural.
Ações do professor:
• Viabilização de interações frutíferas entre as crianças, e entre elas e os objetos.
• Acesso a materiais e produções da cultura.
• Equilíbrio entre a constância de materiais e a diversidade.
• Incentivo à individualidade e aos agrupamentos.
• Incentivo à descoberta de cantos desconhecidos.
• Observação da atuação infantil.
O que as crianças aprendem:
• Escolher, tomar decisões.
• Agir com pouca ajuda do professor, em parceria com outras crianças ou sozinha.
• Cooperar, compartilhar.
• Brincar, imaginar, construir cenários lúdicos, papéis para o jogo simbólico.
• Colocar e negociar seus interesses e necessidades.
• Cuidar da organização do ambiente e dos materiais.
Possibilidades de cantos:
• Ambientes para brincar de faz-de-conta (alguns exemplos):
– heróis;
– príncipes e princesas;
– lojinha;
– escola;
– casinha;
– salão de beleza para meninos e meninas;
– feira;
– supermercado;
– papelaria;
– caminhoneiro;
– peão.
• Ambientes para expressar-se graficamente:
– desenho com papel e caneta hidrográfica e/ou giz de cera, lápis de cor;
– pintura;
– colagem;
– modelagem.
• Ambientes para ler:
– canto com livros de poesia, jornais, enciclopédia, contos de fadas, gibis.
• Ambientes para jogar:
– jogo de percurso, de memória, quebra-cabeça, baralho etc.


Perguntas frequentes:

O que a organização de cantos de atividades diversificadas oferece às crianças?
Essa modalidade de organização da sala ensina a criança a escolher e tomar decisões, responsabilizando-se por suas escolhas. É um momento privilegiado no qual ela pode agir de forma mais autônoma, justamente porque o professor abre mão de dirigir a atividade que está sendo proposta, compartilhando com as crianças a própria organização/coordenação da atividade. Nesse momento cabe às crianças a organização da sala, dos materiais, da escolha do que fazer, da negociação pela posse de brinquedos etc., com a ajuda do professor. Assim as crianças aprendem a cooperar, compartilhar, agir por conta própria.
A organização da sala em cantos de atividades diversificadas não deixa de ser por si só um importante aprendizado para as crianças: aprendem a transformar o próprio ambiente e a saber que muitos mundos cabem numa simples sala de grupo! Podem virar as mesas ao contrário e enrolar um pano em volta para formar um barco ou então empilhar mesas viradas ao contrário umas sobre as outras e passar um barbante circundando os pés da mesa virados para cima para fazer uma barraca de feira; é possível colocar almofadas aconchegantes num canto para ler; podem delimitar um pedaço de chão com caixotes para fazer uma pista para arremessar bolinhas de gude sem deixar espalhá-las pela sala; enfim, possibilita muitas propostas que ocorrem ao mesmo tempo.
A organização dos cantos de atividades diversificadas não é só um momento de aprendizagem da criança, é também do professor, que aprende a segurar seu impulso de estar sempre dirigindo e controlando a situação. Ele permite que as crianças dêem conta de gerenciar o momento. Esta forma de organização possibilita que o professor observe melhor as crianças, suas potencialidades e dificuldades, já que está mais disponível para isso.

Quanto tempo da rotina deve ser destinado aos cantos de atividades diversificadas?
Para responder a esta questão temos que pensar na grade de horários da escola ou do CEI, equilibrar o tempo destinado à roda de conversa, roda de história, momento para realizar as atividades dos projetos e as permanentes.
Assim sendo, um tempo razoável seria entre 50 minutos e 1 hora, no qual as crianças pudessem circular por diversos cantos ou escolher alguns deles para ficar. Um momento que permite a exploração, a dedicação maior a determinadas atividades, sem direção única pelo adulto, o que às vezes pode tornar uma atividade improdutiva, repetitiva ou cansativa. É sempre bom terminar uma atividade com gosto de “quero mais” para o dia seguinte. Poder ter uma constância de propostas que vão sendo incrementadas ao longo do tempo ajuda as crianças a aprofundar seus conhecimentos, tanto no que diz respeito à natureza lúdica das propostas quanto aos conhecimentos que lhes são proporcionados na interação com os objetos e as outras crianças.

Por que reservar um momento diário para tal finalidade?
Reservar um momento diário permite que as crianças aprendam a tomar decisões, compartilhar, realizar escolhas, e também se apropriem mais do espaço da sala, uma vez que ajudam a construir os cantos, organizando-os e incrementando- os com suas idéias e propostas.
Algumas professoras, quando fazem essa pergunta, acham que podem substituir o espaço diário dessa proposta (cerca de 1 hora), por um único dia da semana destinado inteiramente aos cantos de atividades diversificadas. Entretanto, é melhor a constância da proposta em menor tempo, até para compartilhar com outras tantas atividades necessárias no dia-a-dia, do que desenvolver a proposta num dia inteiro. É importante intercalar momentos nos quais a condução da sala seja realizada apenas pelo professor com outros, compartilhados com as crianças. (Essa proposta não se confunde com a das salas ambientes, na qual cada sala possui uma proposta específica, de tal forma que as crianças rodiziam, em grupo, durante o dia em cada uma delas.)

 “Não tem material na minha escola para fazer cantos de atividades diversificadas.” O que fazer?
Mais do que material, é preciso ter propostas e ideias. Muito da falta de material diz respeito à falta de ideia do que fazer em sala com o grupo.
O professor está tão acostumado com lápis e papel que tem pouca intimidade com outros materiais. Faz-se necessário retomar suas próprias brincadeiras de infância, lembrar o quanto se improvisava com qualquer recurso disponível.
Assim sendo, por exemplo, sobras de uma marcenaria podem compor um divertido jogo de monta - tudo. Essa proposta é incrementada agregando-se a ela livros de castelos, de parques em diferentes países, para que as crianças tenham que bolar, com os retalhos de madeira, construções variadas. Com esses mesmos retalhos e cola é possível fazer móveis para casinha de bonecas.
As crianças podem colar E.V.A., tecidos, sobre as madeiras para compor diferentes móveis. Pode-se ainda sugerir que com os mesmos retalhos façam uma pista para rolagem de pião, ou então que construam a torre mais alta que conseguirem e medirem a altura para colocar em um livro de recordes; enfim, o professor precisa desenvolver sua criatividade, sondando com as crianças suas preferências para propor ao grupo outras possibilidades de explorar os cantos de atividades diversificadas.

Espaço das salas de grupos
Sugestões de materiais para as salas de crianças de 4 meses a 2 anos
• Mural, da altura das crianças, organizado para usos diversos, contendo:
– fotos das crianças, trazidas de casa e ou feitas na escola, identificadas com o nome de cada uma delas;
– fotos das crianças em diferentes situações sociais (aniversários, passeios, com animais de estimação, com familiares);
– reprodução das capas dos livros que foram lidos ou das histórias que foram contadas;
– imagens instigantes e visualmente interessantes do ponto de vista estético.
• Calendário de uso social para marcação de:
– aniversariantes da turma;
– compromissos e combinados especiais.
• Relógio comum de uso social, como um portador numérico para que as crianças observem o seu uso pelo educador.
• Brinquedos que possam ser levados à boca sem perigo (de plástico ou de borracha com selo do Inmetro).
• Brinquedos que produzam som (chocalhos).
• Brinquedos de empilhar e encaixar (blocos, cubos).
• Brinquedos de correr atrás (bolas, cilindros).
• Colchonetes e almofadas (com capas laváveis).
• Móbiles e estábiles (as salas podem ter muitos ganchos em diferentes lugares para pendurar panos, tules, cortinas sonoras etc.).
• Tapetes de atividades com bolsos, guizos, espelhos, quadros de panos de diferentes texturas.
• “Estante” para livros, tipo sapateira, com bolsões transparentes para que as crianças identifiquem os livros de histórias.
• CDs com música de diferentes gêneros.
• Espelho de tamanho suficiente para que duas ou três crianças possam se ver inteiras.
• Obstáculos que provoquem diferentes movimentos: subir, descer, trepar, agachar, arrastar, escorregar.
A organização do espaço educativo reflete as concepções de criança, ensino e aprendizagem das instituições. As formas como as salas estão organizadas a disposição dos móveis, a acessibilidade aos brinquedos, aos livros, a exposição ou não das produções infantis, a “decoração” são indícios reveladores sobre como as crianças são vistas e consideradas.
• Cantos diversos:
– de brinquedos e jogos, organizados de acordo com os usos das crianças;
– ambientados para o jogo de casinha e os demais jogos de faz-de-conta preferidos da turma;
– com locais reservados ou reversíveis para momentos de repouso, sempre muito flexíveis nos primeiros anos de vida;
– confortáveis, forrados com tapete, placas de E.V.A. ou outro piso confortável que permitam a acomodação das crianças em roda para o bate-papo diário;
– materiais de construção: blocos de madeira, caixas de papelão, Lego®, monta - tudo e outros;
– bonecas e seus acessórios: mamadeira, fraldas para trocar, banheira, sabonete, toalha, pente, roupas etc.;
– com mesas e cadeiras para atividades que requeiram uma acomodação diferente e permitam práticas como desenho, modelagem com massinha etc.;
– com livros de histórias, poesias, cantigas etc.;
– com tapete, esteira, almofada ou outro piso que delimite o espaço e transmita uma sensação de conforto.
• Local para pendurar mochilas e pertences pessoais devidamente identificados.
• Mural para os recados da professora: lembretes, restrições alimentares das crianças, recomendações para o preparo de mamadeiras, receita médica de alguma criança etc.

Sugestões de materiais para as salas de crianças de 3 a 5 anos
• Vários murais ou um mural organizado para usos diversos, como:
– exposição de produções infantis, devidamente identificadas;
– fixação ou exposição de produções de crianças ou materiais que estão sendo pesquisados num determinado momento do ano;
– os recados da professora (lembretes, receita médica de alguma criança etc.);
– painel de fotos da turma.
• Lista de nomes das crianças da turma (cartaz com filipetas escritas em letra-bastão, de uma só cor, mesmo padrão de tamanho para todos os nomes, sem fotos ou outras imagens).
• Lista dos aniversariantes da turma.
• Calendário.
• Agenda de compromissos e registro da programação diária para ser utilizada pelas crianças.
• Relógio.
• Estante de brinquedos e jogos, devidamente identificados para facilitar o uso pelas crianças.
• Espaço para a ambientação do jogo simbólico da turma (a própria sala pode ser ambientada segundo os temas estudados).
• Cantos de materiais para jogo simbólico.
• Estante ou caixa com materiais de uso coletivo contendo:
– canetas variadas;
– borracha;
– lápis variados;
– réguas;
– clipes;
– prendedores;
– barbante;
– fita crepe e durex.
• Biblioteca de sala (estante, painel com bolsos ou outras soluções) contendo, de maneira organizada:
– livros;
– revistas;
– gibis;
– jornais;
– catálogos diversos;
– painel para fixar as sugestões de leitura das próprias crianças, bem como artigos de jornal, de interesse da sala;
– tapete, esteira, almofada ou outro piso que delimite o espaço e transmita uma sensação de conforto.
• Na ausência de espaço para a roda, é preciso pensar em acessórios tais como esteiras, placas de E.V.A., almofadas ou outros materiais que permitam a organização de uma roda com todos os integrantes da turma para os momentos de bate-papo, de programação do trabalho em grupo etc.
• Local para pendurar mochilas e pertences pessoais, devidamente identificados.
Materiais alternativos
• Jogos confeccionados pela professora para as crianças.
• Jogos confeccionados pelas crianças.
• Brinquedos confeccionados pela professora para as crianças menores.
• Brinquedos construídos pelas crianças.
• Ateliê móvel.
• Cadeira-boneco e outras esculturas de montar.
• Móbiles e outros penduricalhos.
Espaço de parque
Sugestões de brinquedos de parque
• Canto de areia.
• Balde, pás e outros acessórios para brincar na areia ou na terra.
• Bacias, minipiscinas com água para brincar com barquinhos ou para molhar a areia.
• Regadores e funis.
• Caixa com potes e outras sucatas.
• Bolas.
• Cordas.
• Bambolês.
• Brinquedos para o faz-de-conta.
• Tecidos coloridos para cabanas.
• Cata-vento.
• Caixa com giz para riscar amarelinha.
• Tocos de madeira para montar pistas e caminhos com obstáculos.
• Pneus coloridos com furos para evitar o acúmulo de água.
• Canto com vasos ou jardim.

Fonte/Referência:
- Trecho do Programa Capacitar Educadores/Instituto Avisa Lá/Institute C&A.

Proposta de interações e brincadeiras: Caça ao tesouro sensorial

Campos de experiências: * Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento: * Classi...