domingo, 10 de abril de 2011

O macaco e o rabo adaptação de Robson A Santos.



Certa vez, um macaco que pensava em ficar rico colocou seu rabo no meio da estrada por onde passava o carreiro com seu carro de bois. Ficou lá, rabo no caminho, esperando a hora do carreiro passar. E lá vinha o carreiro tangendo seus bois. Quando viu o rabo do macaco, gritou:

- Ei macaco, tira o rabo do caminho.
Ao que o macaco, desaforado, respondeu:

- Não tiro! O rabo é meu e eu deixo onde eu quiser.
O carreiro, com raiva, tangeu seus bois e passou com o carro em cima do rabo do macaco, cortando-o fora. O macaco começou a pular e a gritar com o carreiro:

- Quero meu rabo! Quero meu rabo! Quero meu rabo ou então uma navalha.
O carreiro não tinha como dar conta do rabo e deu-lhe uma navalha velha. O macaco saiu contente:

- Perdi meu rabo! Ganhei uma navalha! Ding-li-ding que eu vou para Angola.
Ia caminhando quando avistou um velho que fazia cestos e cortava o cipó com os dentes.

- Ei amigo velho, fazendo cestos e cortando cipó com os dentes. Use aqui a minha navalha.
O velho achou ótimo e aceitou a ajuda do macaco, mas quando foi cortar o primeiro pedaço de cipó, de tão velha, a navalha quebrou. Quando o macaco viu começou a resmungar e a gritar:

- Quero minha navalha! Quero minha navalha! Quero minha navalha ou então um cesto.
Como o velho cesteiro não tinha como consertar a navalha, deu-lhe um cesto velho. O macaco saiu contente, cantando:

- Perdi meu rabo! Ganhei uma navalha! Perdi minha navalha! Ganhei um cesto! Ding-li-ding que eu vou para Angola.
Ia contente com seu cesto, quando avistou uma moça que assava pães. Tirava os pães do forno e colocava-os no chão.

- Que é isso moça? Fazendo pão e pondo no chão? Toma aqui o meu cesto para por os pães.
Vendo que o macaco tinha razão, a moça aceitou o cesto. Quando colocou os pães, de tão velho, o fundo se abriu. O macaco começou a gritar:

- Meu cesto! Meu cesto! Você estragou o meu cesto. Quero meu cesto! Quero meu cesto ou então um pão.
A moça deu um pão àquele macaco resmungão. O macaco saiu pela estrada cantarolando mais uma vez:

- Perdi meu rabo! Ganhei uma navalha! Perdi minha navalha! Ganhei um cesto! Perdi meu cesto! Ganhei um pão! Ding-li-ding que eu vou para Angola.
Continuou pelo caminho quando encontrou com uma moça tomando café. Chegou perto da moça e ofereceu-lhe o pão. A moça, com fome, aceitou o pão e acabou comendo tudo. Na hora o macaco começou sua ladainha de novo:

- Meu pão! Você comeu todo o meu pão. Quero meu pão! Quero meu pão! Quero meu pão ou então quero uma viola.
A moça não tinha mais pão e acabou dando ao macaco uma viola velha. O macaco abriu um sorriso e começou a cantar:

- Perdi meu rabo! Ganhei uma navalha! Perdi minha navalha! Ganhei um cesto! Perdi meu cesto! Ganhei um pão! Perdi meu pão! Ganhei uma viola! Ding-li-ding que eu vou para Angola! Ding-li-ding qe eu vou para Angola!
E foi-se embora para Angola.

Conto acumulativo ou lenga-lenga.

O conto “O macaco e o rabo” é chamado de conto acumulativo ou lenga-lenga. Eles são contos nos quais os episódios vão se repetindo sucessivamente, o que facilita a memorização por parte das crianças.

Atividade de exploração do conto.

Após contar uma história, é importante conversar com as crianças sobre seu entendimento, o que gostaram, o que não gostaram; desenvolvendo assim a interpretação oral.

Recontado e Sequência Lógica:
  1. Faça pequenos cartões com os fatos ocorridos na história (conjunto de cartões para cada grupo de 3 ou 4 crianças);
  2. Entregue os cartões embaralhados para cada grupo e peça que eles organizem de acordo com a história que ouviram;
  3. Peça para os grupos recontarem, mostrando os cartões.

Fonte: Revista: Guia prático para professoras de Educação Infantil.

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