As crianças brincam sozinhas ou em grupos em qualquer lugar, inclusive na creche. É importante ter um tempo individual para “pensar” sozinho, para “falar” com seu amigo imaginário, ou explorar um brinquedo. Uma educação de qualidade deve ofertar tempos para brincadeiras individuais e grupais.
Valorizar a organização da sala depois da brincadeira contribui para a construção da auto-estima e da identidade da criança e do grupo. A partir de um ano e meio, as crianças começam a gostar de organizar seus brinquedos. Criar com elas sistemas de organização faz parte da brincadeira, pegando, brincando e depois guardando os brinquedos.
Toda situação nova pode trazer um pouco de tensão. O desconhecimento de brincadeiras pode levar a criança a se afastar do grupo, por isso, para uma boa integração, nada melhor do que iniciar com brincadeiras conhecidas por todas.
Brincadeiras tradicionais como esconde-esconde, pique, pular corda, amarelinha, brincadeira de roda, facilitam a integração no grupo. Depois de integradas, elas adquirem confiança e pode-se ensinar novos jogos.
Nas brincadeiras em pares, podem ser usados brinquedos como carros com dois lugares para os bebês serem puxados e triciclos, com assento regulável e apoio traseiro, para pedalar e até dar carona a um amigo.
Escolher um escorregador com a prancha larga para que duas a três crianças possam escorregar juntas.
Nas atividades individuais, pode-se oferecer a diversidade de materiais e brinquedos interessantes para as crianças. Um bom exemplo é o recipiente com materiais de uso cotidiano, conhecido como Cesto dos Tesouros, em que as crianças podem manipular e explorar num mesmo lugar vários objetos que lhes interessem, de acordo com seu ritmo.
Para grandes agrupamentos, deve-se prever não só a diversidade, mas a quantidade de materiais e brinquedos para garantir o brincar de cada um e ampliar contatos sociais.
ATENÇÃO:
Cada criança é diferente da outra. Uma vive no centro, outra na periferia, em bairros nobres ou populares. Algumas vivem em famílias que falam outras línguas, tem hábitos alimentares e formas de brincar que são diferentes, porque trazem a cultura de outros países. Enfim, todas são crianças, mas diferentes na forma de falar, pensar, relacionar-se e até de brincar. Desta forma, um agrupamento da mesma faixa etária pode ter interesses comuns específicos, mas a singularidade de cada criança precisa ser respeitada.
Para aprender novas formas de brincar, as crianças precisam ter contato diário com outras crianças não só do seu agrupamento, mas com as mais velhas em espaços de dentro e fora da instituição infantil.
Fonte: Brincadeiras e brinquedos em creches (Manual de orientação pedagógica) elaborado por Tizuko Kishimoto e Adriana Freyberger. Brasília, 2012.
Fonte: Brincadeiras e brinquedos em creches (Manual de orientação pedagógica) elaborado por Tizuko Kishimoto e Adriana Freyberger. Brasília, 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário