sábado, 6 de agosto de 2011

Frases

Deficiências


"Deficiente” - É aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

 “Louco” - É quem não procura ser feliz.

 “Cego” - É aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria.

 “Surdo” - É aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão.

 “Mudo” - É aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

 “Paralítico” - É quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

 “Diabético” - É quem não consegue ser doce.

 “Anão” - É quem não sabe deixar o amor crescer.

Medo de ser professor...

De Patrícia Kast Caminha


        Seu nome é Lúcia. Encontrei-a no ônibus, a caminho do trabalho. Não dormiu bem à noite. Ficou sabendo no dia anterior que receberá, no próximo ano, um estudante com deficiência, entre os da nova turma. O que fará se não foi formada para isso? Com essa novidade de Inclusão, como fará para empreender novos conhecimentos numa área em que nunca teve intenção de trabalhar?
        Oras, na sua época de magistério, um dos caminhos era a Educação Especial, mas fugiu como o diabo foge da cruz. Nunca teve contato com alguém com qualquer deficiência. Lógico, já viu, passou perto até, mas não, nunca teve contato. Nem em cinemas, nas ruas, nas lojas, nas praças… Muito menos nas escolas em que estudou. Culturalmente, pessoas assim sempre tiveram um ambiente próprio, que não era, definitivamente não era, o seu. E agora mais essa…
        Mãe de dois filhos, dupla jornada para complementar o baixo salário… Mais essa…
        Seu mundo, me pareceu, era pequeno. Uma reclusão a que tantos se impõem ou por medo, ou por preguiça.
        Lúcia quis contar mais, que se considerava boa professora, mas que agora tinha dúvidas. Chegou ao final de mais um ano letivo concluindo que a maioria dos estudantes, que deveriam ser retidos, mas com esse negócio de promoção automática, pelo amor de Deus, foram promovidos. Não estavam recebendo uma boa educação em casa. Estava pensado muito seriamente sobre isso. E a moral e os bons costumes? Ela não ia se prestar a fazer o que considera obrigação da família. Não se acha a culpada por lares desfeitos (quando são feitos, salientou). Hoje em dia não pode nem comemorar Dia das Mães ou dos Pais na escola. E por quê? Porque as famílias não são mais família, disse indignada. Atualmente vieram com outra novidade: Dia da Família. Não sabe se adianta muita coisa.
        Perguntei como era seu trabalho, o que ensinava. Começou a contar com alegria sobre as cartilhas, o alfabeto, as crianças com brilho nos olhos que chegavam a ela querendo aprender a ler. Não sabiam nada, muitas consideravam virem do zero, nem pré-escola haviam feito, um horror na sua concepção de educadora. Tinha que ensinar tudo, desde escovar os dentes a ficar quieto na carteira escolar. Um custo. Levantar a mão para falar, rezar no início das aulas, falar em coro “seja bem vindo” ou “volte sempre” para cada pessoa que vier a porta da sala de aula. Depois, com o passar do tempo, ficava uma beleza… Disciplina, todos iguaiszinhos. Mas sempre tem aqueles… Os do fundo da sala. Esses, já sabe no que vai dar no final do ano. Já está escrito, pra ela não tem jeito.
        E então, inicia as letras… Todo dia, todos em coro: “A, B, C…” Aponto as letras com a régua. Depois, faz chamadinha oral. Usa uma cartilha antiga, mas muito eficaz. Escondida, porque se o diretor pega… Ele até sabe, mas tem um combinado de “se não vê, não sabe”. Dá algumas coisas do Construtivismo, sabe como é, diz, tem que dar de tudo um pouco. Se não, é chamada de tradicionalista. Um horror. Aí a coordenadora tem que fazer alguma coisa. É aquela coisa do “viu, já viu”.
        Até o final do ano, para ela é de praxe, todos os estudantes têm que iniciar letra de mão. Oficialmente não é pra fazer isso, sabe, mas os professores da escola em que trabalha têm este acordo. Sempre foi assim, na sua época dava certo, porque agora inventaram diferente?
        É a mesma coisa com avaliação. E reclama de uma professora nova na escola que nas reuniões vem com “coisa nova”, querendo se mostrar, fica falando umas novidades que ninguém gosta, que avaliação tem que ser individual… Como assim?
        Avaliar só com prova mesmo. E prova igual pra todos. Quem vai bem, vai, quem não vai é porque não aprendeu, tem algum problema. Tem que fazer recuperação. Mas é uma chateação porque tem que aumentar sua nota por causa da tal promoção automática.
        E agora, vai ter um estudante com deficiência na turma. E a professora de Educação Especial da escola não pode mais ensiná-lo na sala de recursos… Então ela vai fazer o que na escola? E o estudante? Diz que a professora agora tem que ficar com o estudante com deficiência na sala e ensinar… O quê, se ele não aprende? E a professora de Educação Especial pode trabalhar em parceria e ensinar coisas complementares no horário oposto ao da sala de aula ao estudante.
        Lúcia não ia mais parar de falar como pude sentir, mas tive que interrompê-la, pois desceria no meu ponto de ônibus.
        Fui caminhando para meu trabalho pensando em quantos professores pensam e agem da mesma maneira. Numa classe de aula assim, nada pode sair diferente do que planeja, sem contar que o planejamento deve ser daqueles, hiper rígidos. Imagino a vida escolar das crianças, como não deve ser, numa situação assim.
        Uma pessoa rígida, fechada para coisas novas na vida, desde mudar sua forma de avaliação até pensar diferente sobre o que é ensinar. Imagino que deve sofrer muito porque sua rigidez a torna insensível a mudança externas e internas. O mundo muda todo dia, as relações humanas, a História, a Geografia, sua relação com o mundo… Dizer não para tudo, se negar a tentar, a aprender e apreender o novo talvez a faça melancólica, severa, acreditando apenas no que já passou, no antigo, no velho mesmo, arcaico. Como se fosse um chão. Sem ele, seu mundo acaba.
        Você pensa como a Lúcia?
        O que fará quando na turma de estudantes tiver um ou mais com deficiência?
        Que tal fazer diferente? Que tal pensar na sua prática pedagógica? É muito complicado, não sabe por onde?
        Pesquise sobre trabalhos realizados por professores em sala de aula com pessoas com deficiência, as mais diversas. Pense, por exemplo: se você tiver estudante(s) com surdez na sala, o que será necessário? E faça o seguinte exercício: como fazer com que as aulas fiquem prazerosas para todos, partindo das necessidades de um estudante com surdez. Se você vai trabalhar o corpo humano, alfabetizar, qualquer conteúdo de qualquer série, ao invés de sair pensando em fazer tudo separado para um, que tal oportunizar para todos a LIBRAS, gravuras sobre os conteúdos… Que tal transformar suas aulas em aulas acessíveis para um e uma oportunidade para todos se prepararem para um mundo que já está aí?
        Repense também a avaliação, a letra cursiva, a sua relação com os professores que estão inovando…
         “Bata um Papo” com o Construtivismo. Tudo bem se não quer deixar algumas coisas de lado. Mas o ponto é este: nem se feche para o novo, nem jogue o que sabe no lixo. Ninguém está pedindo isso.
        Considere que todos os estudantes têm pré conhecimentos muito importantes para incorporar na sala de aula, realize pesquisas, dê voz aos estudantes deixando que a sala tenha um barulho peculiar, e também permita o livre trânsito pela sala. Não pense que com isso os momentos de silêncio e atenção deverão ser esquecidos. De maneira alguma.
        Não caia nos corporativismos. É uma algema que aperta cada vez que alguém quer se soltar. Amarra, obriga a agir uniformemente, impede de pensar por si. Não se junte aos professores que culpam os estudantes pelo (mal interpretado) fracasso escolar. Não trabalhe com essa coisa de culpa. Saiba que sempre estará aprendendo. Liberte-se da rigidez.
        Ao pessoal que já tem experiência, já arregaçou as mangas e tem realizado trabalhos fantásticos em sala de aula (e fora dela!), tomando os estudantes como parceiros na empreitada pelo conhecimento, com enfoque no respeito à diversidade, uma proposta: divulgue-os.
        Muito profissional já começou, organizando seu fazer pedagógico respeitando a diversidade, tornando suas aulas acessíveis a todos. Mesmo sem estudante com deficiência na turma, procura planejar aulas com mais recursos audiovisuais, com elementos táteis. Grava as aulas, as revê ou escuta com os estudantes, promove a elaboração de material sensorial com todos. Tem professor que trabalha com LIBRAS, usa reglete e punção na sala de aula.
        Se você tem algo a dizer, é a hora!!!!!!
        Este texto não acaba aqui…

O QUE VOCÊS SÃO ESTRELAS OU RELÂMPAGOS

         Vivo - e todos nós vivemos - em meio a estrelas e relâmpagos. Na realidade esta afirmação pode lhe parecer um tanto estranha, mas é pura realidade quando se convive com pessoas de talento estelar e pessoas que pensam ter esta condição.
         Se todos pararmos um pouco para pensar, efetivamente dividimos nossa vida entre os dois: Estrelas e Relâmpagos.
         Os primeiros podem ser comparados até como verdadeiros cometas. Com brilho e cauda. Gente que é gente, sabe exatamente o que está fazendo neste planeta, como sua estrela pode brilhar em beneficio de terceiros e, principalmente, de si próprio. Verdadeiros Deuses de sabedoria.
         Para ser uma estrela é necessário centramento e perfeita convicção de que somos um ímã. Funcionamos como tal, pois tudo o que projetamos recebemos de volta.
         Não há como, portanto, ser estrela e ter o Ego alterado. Ego alterado é coisa de relâmpago.
         Impossível ser estrela e não saber explorar a mente das pessoas que trabalham em nossa volta. Explorar a mente significa, evidentemente, dividir com elas uma boa decisão. Partilhar com elas os louros de tudo o que foi feito em beneficio mútuo; ter a sabedoria para se multiplicar ideias utilizando sempre a mente que está a nosso serviço. Devemos aceitar o não como advertência em vista de eventual futuro erro ou equívoco, e nunca como uma negativa à nossa ideia; jamais criar uma sobreposição de negativismo, mas considerar isso simplesmente como alerta.
         Ser estrela exige, acima de tudo, gestos comprometidos com a humildade; bondade aflorando em todos os instantes, em cada pensamento e em cada relacionamento. Competência para se dizer não quando se deve dizer não e igualmente sabedoria para concordar, falando sim quando se deve dizer sim. Uma verdadeira estrela tem brilho próprio, mas se beneficia do brilho das outras para que todas possam desfrutar do conjunto e assim construírem uma verdadeira constelação.
         Os segundos, os relâmpagos, que pensam que são estrelas, na realidade não passam de imbecis egocêntricos travestidos de falsa bondade. Buscam, não importando o preço ou os ombros dos colegas, os louros com exclusividade para alimentar seu próprio Ego.   Esquecem que quando chegam incutem medo e jamais serão respeitados. Não conseguem conviver em equipe.
         Os relâmpagos efetivamente brilham, mas nós procuramos nos afastar deles porque geralmente são prenúncios de tempestades. Metem medo, geram pavor e sempre são seguidos de estrondos e chuvas fortes.          Invariavelmente, criam inundações e desabamentos de encostas. Sua energia é tão negativa que “inunda” as nossas mentes com pensamentos e atitudes poluídas.
         As estrelas não, elas podem dividir sua beleza com a LUZ DA LUA, porém jamais deixamos de admirar cada uma em separado. Jamais uma estrela consegue tirar o brilho da outra. O conjunto é que cresce em beleza.
         Os relâmpagos são exclusivistas e donos da verdade. “Infalíveis e Sábios”. Não escutam e, não importa o que custe e em quem pisem, vão atrás de seus objetivos usando métodos altamente questionáveis. Não admitem ser contrariados e sempre se posicionam como os únicos que brilham.
         Portanto, Estrela não mete medo, o que mete medo é relâmpago. Cabe a cada um de nós a escolha de como pretendemos levar a nossa vida: Estrela ou Relâmpago?
crédito : http://gotinhasdesabedoria.blogspot.com

Proposta de interações e brincadeiras: Caça ao tesouro sensorial

Campos de experiências: * Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento: * Classi...