terça-feira, 31 de maio de 2011

"A escola depende, mais que de leis, mais que do aluno, mais que da própria família deste, de um elemento capaz de modificar todos estes pela sua ação consciente, pela sua visão geral da vida, pela sua disposição de constante devotamento a um ideal, ainda sabendo-o de realização tardia, sentindo-o tudo, do mestre".  cumprir-se muito depois da sua ansiedade e do seu labor. A escola depende, antes de tudo, do mestre".
        CECÍLIA MEIRELES, 1930

terça-feira, 17 de maio de 2011

Filme indicado: Escritores da Liberdade

O filme é baseado em fatos reais, estrelado pela atriz Hillary Swank, que vive a personagem da professora “Erin Gruwell”, na cidade de Los Angeles vive uma verdadeira guerra nos seus bairros mais pobres, causados por gangues que são movidas pelas tensões raciais.

         É meio a este drama, vivido por adolescentes na faixa etária entre 14 e 15 anos que Erin Gruwell assume a sala de aula. A professora chega cheia de expectativas a sala de aula, imaginava que todos os alunos iriam corresponder ao seu modelo educacional, tornando-se frustrante os primeiros encontros, as brigas, os desencontros e as insatisfações são constantes nas expressões dos alunos, simplesmente ela é ignorada a ponto de ficar sozinha na sala de aula.

         Erin leva até a direção da Escola a dificuldade encontrada em sala de aula, e também é ignorada inclusive pela direção da escola. Mais Erin não desiste, chega em sala de aula com uma proposta de trabalho que se identifica com os alunos, fala com eles através da música e literatura, no primeiro momento os argumentos são bizarros, os questionamentos são ofensivos: “...o que você faz aqui? o que vai fazer não vai mudar minha vida...”. Profundamente assustada a professora responde perguntando se vale à pena participar de gangues, e se serão lembrados pelas atitudes.

         Nesse instante a primeira semente é lançada, cada um tem a oportunidade de falar de si próprio, de seus medos, suas angústias, suas mágoas e demasiada violência. Encontramos nestas cenas o que o autor Cipriano Luckesi em sua obra Avaliação da Aprendizagem Escolar, explica sobre a avaliação diagnóstica, as possibilidades que são dadas aos professores de evidenciar atributos que os alunos já possuem e identificar potencialidades dos mesmos para utilizá-los na estruturação do processo de ensino aprendizagem. É o que faz Erin com esta dinâmica de trabalho.

         Ao manter este contato com alunos, e participando de forma ativa ao mundo deles, a professora conquista a confiança, desse modo passa a etapa de superação das dificuldades, através da metodologia da escrita em diários, adota um projeto de leitura e escrita baseado no livro “O diário de Anne Frank”, todos os alunos lêem o livro e a partir deste registram em seus diários tudo o que sentirem vontade de escrever a respeito da sua vida.

         O respeito e autoconfiança é resgatado, a Senhora G como os alunos a chamam, apresenta uma nova realidade possível de transformação como aponta Paulo Freire em sua obra Pedagogia do Oprimido, os alunos saem da condição de marginalidade de oprimidos e iniciam no campo das possibilidades, ao lutarem pelos seus ideais, pelas suas conquistas ao enfrentarem os obstáculos, não mais com a violência, mais com o conhecimento.

         Richard Lagravanese - diretor do filme - apresenta de forma bastante respeitosa as dificuldades que ainda em pleno século XXI acompanha a educação, ou seja, as mazelas da educação brasileira não são diferentes das mazelas Norte Americana. Nosso sistema educacional brasileiro passa por dificuldades semelhantes, professores que tentam desenvolver trabalhos e são muitas vezes impedidos, não conseguem apoio da comunidade escolar, e muitas vezes não compactuam com as ideologias. Saviani em Pedagogia Histórico-Crítica, fala que a educação se faz quando é significativa, ou seja, a escola tende ir ao encontro das necessidades, respeitar cada aluno, como cidadão dotado de seus direitos e deveres.

         O filme Escritores da Liberdade traz na sua essência o resgate e a valorização da “Educação”, é possível ser um educador sem ser ditador, é um filme de fácil entendimento e que traz significativas abordagens no seu contexto. Recomendado ao público de graduação ou especialização em pedagogia, ainda a quem perceba na educação uma forma de autonomia e que, com a cultura e conhecimento têm-se bases para o que o mundo seja melhor e mais digno para todos.

Resenhado por: Maryanne Peixoto Corrêa
Paradoxos


...Orgulhamo-nos do foco sobre as crianças e, contudo, não prestamos atenção suficiente ao que elas estão realmente expressando. Pedimos a aprendizagem cooperativa entre as crianças e, ao mesmo tempo, raramente sustentamos esta cooperação no nível do professor e do administrador. Exigimos trabalhos artísticos, mas raramente conseguimos criar ambientes que possam verdadeiramente apoiá-los e inspirá-los. Pedimos o envolvimento da família, mas detestamos dividir a autoria, a responsabilidade e o crédito com os pais. Reconhecemos a necessidade por uma comunidade, mas com muita frequência nos cristalizamos imediatamente em grupos com interesses próprios. Saudamos o método da descoberta, mas não temos confiança para permitir que as crianças sigam suas próprias intuições e palpites. Desejamos o debate, mas repetidamente o arruinamos; queremos escutar, mas preferimos falar; somos afluentes, mas não protegemos os recursos que nos permitem permanecer assim e, dessa forma, apoiar a afluência de outros..."

Howard Gardner
...Quanto mais ampla for a gama de possibilidade que oferecemos às crianças, mais intensa serão suas motivações e mais ricas suas experiências. Devemos ampliar a variedade de situações que oferecemos e seu nível de estrutura, os tipos e as combinações de recursos e materiais e as possíveis interações com os objetos, companheiros e adultos. A ampliação desta faixa de possibilidades também faz com que os professores sejam mais atentos e conscientes, e torna-os mais capazes de observar e de interpretar os gestos e a fala das crianças..."

Loris Malaguzzi

Reflexão sobre a comemoração de datas comemorativas...


Equívocos em série

Aulas perdidas, desrespeito à diversidade cultural e à liberdade religiosa... Aqui, os dez erros mais comuns das comemorações escolares.

Durante o ano, temos 11 feriados nacionais, um monte de datas para lembrar pessoas (Dia das Mães, dos Pais, das Crianças, do Índio) e fatos históricos (Descobrimento do Brasil, Proclamação da República). Sem contar os acontecimentos de importância regional. Nada contra eles. O problema é que muitas vezes a escola usa o precioso tempo das aulas para organizar comemorações relacionadas a essas efemérides. O aluno é levado a executar tarefas que raramente têm relação com o currículo. Muitos professores acreditam que estão ensinando alguma coisa sobre a questão indígena no Brasil só porque pedem que a turma venha de cocar no dia 19 de abril – o que, obviamente, não funciona do ponto de vista pedagógico.

Festas e comemorações são bem-vindas na escola, mas com o simples – e importante – propósito de ser um momento de recreação ou de finalização de um projeto didático. É a oportunidade de compartilhar com os colegas e com os familiares o que os alunos aprenderam. No entanto, não é isso que se vê por aí. A seguir, os dez principais equívocos dos eventos escolares

1. O desnecessário vínculo com efemérides.
         No popular, o termo é usado no plural e significa a sequência de datas lembradas anualmente. Até aí, nada de mais. O problema é quando a escola usa tudo isso como base para montar o currículo. "Planejar o ano letivo seguindo efemérides desfavorece a ampliação de conhecimentos sobre fatos e conceitos", afirma Marília Novaes, psicóloga e uma das coordenadoras do programa Escola que Vale, de São Paulo. Exemplo? Dia do Índio. A lembrança não envolve estudos sobre as questões social, histórica e cultural das nações indígenas brasileiras. Para haver aprendizagem, é preciso muita pesquisa e mais do que um dia festivo. Outro caso? Folclore. A escola é invadida por cucas, sacis e caiporas em agosto, já que o dia 22 é dedicado a ele por decreto. Ora, se o planejamento prevê o uso de parlendas e trava-línguas durante o processo de alfabetização e de estruturas narrativas, no ensino de Língua Portuguesa, que tragam informações sobre tradições, crenças e elementos da cultura popular, isso basta para que o tema seja tratado em qualquer época. Sem contar os tópicos cuja expressividade é questionável (Semana da Primavera) ou controversa, como o Dia dos Pais e o das Mães: "Enfatizar datas comerciais como essas é ignorar as mudanças no perfil da família brasileira, que nem sempre conta com as duas figuras em casa", completa a psicóloga.

2. O desrespeito à liberdade religiosa.
         Dos 11 feriados nacionais, cinco têm origem no catolicismo (Páscoa, Corpus Christi, Nossa Senhora Aparecida, Finados e Natal). As escolas que seguem essa religião lembram as datas. O problema é que as escolas públicas também. Segundo a Constituição da República, o Brasil é um Estado laico, ou seja, sem religião oficial. Porém, em quase todas as unidades de ensino há algum tipo de comemoração: as crianças da Educação Infantil (não importa se têm ou não religião) se fantasiam de coelhinho e pintam ovos em papel mimeografado. No fim do ano, uma árvore de Natal, com bolas e luzes, é montada na recepção ou no pátio. Segundo o censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nos anos 1990, a maioria da população brasileira (73%) é católica. Mas uma escola inclusiva não esquece que os filhos dos 15% de evangélicos e dos 12% de seguidores de outros cultos ou não pertencentes a um deles também estão na sala de aula, certo?

3. A confusão entre o currículo e o tema da festa.
         A festa/comemoração não ter relação com o currículo é um problema. Mas outro tão grave quanto é usá-la como pretexto para ensinar. "Já que temos de fazer bandeirinhas para enfeitar barraquinhas, então vamos aproveitar para ensinar geometria", pensam alguns professores bem-intencionados, esquecendo que um ensino eficiente requer planejamento, avaliação inicial e contínua e uma sequência lógica que leve à construção do conhecimento. É como se, de repente, estimar a quantidade de pipocas no saquinho virasse conteúdo de Matemática.

4. O mau uso das poucas horas dedicadas às aulas de Arte.
         Não raro, o espaço que seria utilizado para essa disciplina é convertido em oficina de enfeites. Para colocar o aluno em situação de aprendizagem, é papel do professor de Arte propor atividades que favoreçam o percurso criador. "A subjetividade não pode ser ofuscada pelo sentido objetivo e funcional do ornamento, com caráter unicamente estético", afirma José Cavalhero, coordenador pedagógico do Instituto Rodrigo Mendes, em São Paulo.

5. A estereotipação dos personagens.
         Caipira com dente preto e roupas remendadas em junho, cocares e instrumentos de percussão em meados de abril. Esses estereótipos não correspondem à realidade. Homens e mulheres que moram no interior não se vestem dessa maneira, e os índios brasileiros vivem em contextos bem diferentes. "É inconcebível se divertir com base em elementos que remetem à humilhação e à ridicularização do outro", diz Mario Sérgio Cortella, filósofo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em sua opinião, essas práticas destoam da intenção educativa acolhedora e pluralista, pois, toda vez que se trata o outro com estranhamento, se promove a ideia de que há humanos que valem mais e outros, menos. "Quadrilha, sim, mas sem maquiagem nem fantasias grotescas que humilhem o homem do campo", completa Cortella.

6. A obrigatoriedade da participação.
         "Professora, não quero dançar", diz um. "Tenho vergonha de falar na frente de todo mundo", avisa outro. Quem já não ouviu essas frases dias antes de um evento escolar? Quando a festa nada tem a ver com a aprendizagem, os alunos não são obrigados a participar. Nesses casos, é proibido causar qualquer tipo de constrangimento a eles. Cabe ao professor colocar pouca ênfase nos momentos não relacionados ao aprendizado. É uma atitude desrespeitosa com os sentimentos e a individualidade dela", afirma Maria Maura Barbosa, do Cedac. Ela afirma ainda que alguns pais optam por não se envolver por razões financeiras. "Quem não tem condição de arcar com uma fantasia para os filhos fica envergonhado e não participa. “Fala-se tanto em inclusão, mas as festas às vezes excluem”.

7. A finalidade incerta dos recursos arrecadados.
         Pequenas reformas, mobiliário novo, material pedagógico... Quando a verba que vem da secretaria não dá para comprar tudo, pensa-se em festa para arrecadar fundos. A comunidade é convidada, participa, gasta, e muitas vezes não fica sabendo o destino dos recursos. Pior, às vezes o dinheiro que seria usado na ampliação da biblioteca ou na compra de computadores vai para outro fim. Em tempo: a arrecadação sempre aumenta quando bebidas alcoólicas são vendidas. Renata Violante não acredita em meio-termo: "A bebida deve ser proibida. Os diretores que inventem outras maneiras de obter mais dinheiro".

8. O objetivo principal ser apenas atrair os pais.
         Eles não costumam ir às reuniões, não conversam com os professores sobre o avanço dos filhos e mal conhecem a escola. Os diretores pensam: "Quem sabe, para se divertirem, os pais venham até nós". Embora os momentos de confraternização com os familiares sejam importantes, eles não devem ser a única maneira de envolvê-los. Reuniões marcadas com antecedência e planejadas para compartilhar o processo de aprendizagem e a produção intelectual, artística e esportiva das crianças são as iniciativas que exibem os melhores resultados quando o objetivo é atrair e conquistar as famílias.

9. A única maneira de socializar a aprendizagem.
         Um dos objetivos da escola deve ser exibir a produção intelectual e artística do aluno, principalmente aos pais, nas mais variadas ocasiões. Fazer uma festa é apenas uma possibilidade, por isso não deve ser usada em excesso. Geralmente, o caráter de recreação costuma dificultar a apresentação dos saberes. "Já feiras e exposições favorecem o foco no conhecimento e permitem ainda situações de comunicação oral formal, importante maneira de compartilhar o aprendizado", explica Maura Barbosa, do Cedac.

10. O precioso tempo jogado fora.
         Usar a sala de aula ou o período que deveria ser dedicado a atividades pedagógicas para os preparativos é um desrespeito com as crianças e com o compromisso que a escola tem de ensinar. "O diretor raramente investe na reflexão sobre os indicadores de aprendizagem dos alunos o mesmo tempo que gasta com a produção dos eventos. O professor, por sua vez, deixa de promover situações intencionais de ensino", afirma Maura.

Fonte: Revista Nova Escola - edição 213 Junho 2008

Sugestões de brincadeiras.

CABRA-CEGA

MATERIAL: Um lenço ou pano para amarrar à volta dos olhos de uma das crianças que será a cabra-cega. As crianças colocam-se de mãos dadas formando uma roda. A cabra-cega fica no centro da roda, com os olhos tapados. A seguir inicia-se um diálogo entre as crianças que estão na roda e a Cabra-cega:
“Cabra-cega, de onde você vem?”
“Eu venho do mato.”
“O que me trazes?”
“Trago bolinhos.”
“Me dá um!”
“Não dou.”
Então, as crianças que se encontram na roda dizem em coro: GULOSA!
A Cabra-cega levanta-se e tenta apanhar uma criança da roda. Se apanhar alguém, todas as crianças se calam e a Cabra-cega tem de adivinhar, apalpando com as mãos, quem é a (o) colega que apanhou. Quando acertar, esse passa a ser a Cabra-cega.

AGACHA-AGACHA

Uma criança é eleita o pegador. Para não serem apanhadas, as demais fogem e se agacham. Quando o pegador conseguir tocar um colega que está em pé, passa sua função de pegador para ele.

BALANÇA-CAIXÃO

ESPAÇO DE BRINCADEIRA: Amplo, que possua possibilidades da criança se esconder

MATERIAL: Cadeira.

Uma criança é escolhida para ser o rei e se senta em uma cadeira. Outro participante é eleito o servo. Ele se ajoelha de frente para o rei e apóia o rosto no seu colo. Os demais formam uma fila atrás do servo, cada um apoiando o rosto nas costas do companheiro da frente.
Todos recitam: “Balança caixão, balança você, dá um tapa nas costas e vai se esconder!” O último da fila dá um tapa nas costas do que está na sua frente e se esconde. Uma a uma as crianças vão repetindo essa ação até que todas estejam escondidas. É a vez, então, do servo sair à procura dos colegas. Quando alguma criança for pega, o servo pergunta ao rei Como deverei levá-lo? E o rei responde, por exemplo, Andando com uma perna só! De costas! Com olhos fechados! Imitando uma galinha! Ganha quem for pego por último, com esta criança se tornando rei e escolhendo um servo.

ELEFANTINHO COLORIDO

Uma criança é escolhida para comandar. Ela fica na frente das demais e diz ”Elefantinho colorido” O grupo pergunta “Que cor?” O comandante escolhe uma cor e os demais saem correndo para tocar em algo que tenha aquela tonalidade. Se o pegador encostar em uma criança antes dela chegar na cor escolhida, ela é capturada. Vence quem ficar por último.

CARACOL

MATERIAL: Giz para desenhar a brincadeira
Depois de desenhada a figura no chão, as crianças determinam uma ordem entre elas. A primeira joga a sua pedrinha no número 1. O objetivo é percorrer todo o caracol, pulando com um pé só em todas as casas, até passar por todas, só não vale pisar naquela em que está a pedrinha. Quando chega ao “céu”, ela descansa e retorna da mesma maneira: pulando em cada casa até o número 1, agacha, apanha a pedrinha e pula para fora do caracol. Para continuar a brincadeira, ela joga a pedrinha no número 2 e assim por diante. Não vale jogar a pedrinha na risca nem atirá-la fora do diagrama, se isso acontecer, perde a vez. Vence quem completar o percurso primeiro.


AMARELINHA

MATERIAL: Giz para desenhar a amarelinha ou fita adesiva
Depois de desenhado o diagrama básico no chão, as crianças determinam uma ordem entre elas. A primeira vai para a área oval chamada céu e de lá atira a pedrinha no número 1. Sem colocar o pé nessa casa, ela atravessa o diagrama ora pulando com os dois pés, quando tiver uma casa ao lado da outra, e ora com um pé só. Quando chegar à outra figura oval na extremidade oposta, onde está escrito “inferno”, faz o percurso oposto e volta para apanhar a pedra, sem pisar na casa em que ela está, repetindo o mesmo procedimento até que percorra todas as casas. A criança não pode pisar ou jogar a pedra na risca nem atirá-la fora do diagrama, se isso acontecer, ela perde a vez. Vence quem completar o percurso.


ELÁSTICO

MATERIAL: Elástico de 4 metros com pontas unidas
Duas crianças são escaladas para segurar um elástico com os pés, ficando aproximadamente distantes 2 metros uma da outra. A criança que fica no centro do elástico tem de fazer todos os movimentos combinados com os colegas antes de iniciar a brincadeira. Pode ser pular com os dois pés em cima do elástico, com os dois pés fora, saltar com um pé só etc... Se conseguir, ela passa para a próxima fase, que é a de executar os mesmos movimentos, só que os dois colegas passarão o elástico para o tornozelo, joelhos, coxa e cintura. Os mesmos movimentos deverão ser repetidos. Se a criança errar, trocará de posição com um dos colegas que está segurando o elástico. Ganha quem pular o elástico até a cintura sem errar.

BOCA-DE-FORNO

      Essa brincadeira, na verdade, é uma espécie de gincana rotativa. Funciona da seguinte forma: uma pessoa (que vamos chamar de orador) começa com a “gincana”, ele deve falar gritos de guerra (pré-formados) e o restante do grupo deve responder, seguindo o esquema:
Orador: “Boca de Forno”
Grupo: “Forno”
Orador: ”Jacarandá”
Grupo: ”Dá”
Orador: ”Quem não for???”
Grupo: ”Apanha!!!”
Orador: ”Quantos bolos*???” *Bolos no sentido de dar palmadas na mão.
Grupo: ”Dez**” - **A quantidade deve ser escolhida pelo grupo antes, o normal é dez.
Orador: ”Remã, remã (...)”
No lugar das reticências, depois de “remã, remã”, o orador deve escolher uma tarefa para o
grupo, como, por exemplo, pedir para todos trazerem uma folha de goiabeira. Nesse caso a frase ficaria assim: “Remã, remã, quem me trouxer uma folha de goiabeira!”. Aí todos saem à procura do pedido. Há um tempo que deve ser estabelecido. Quem não conseguir cumprir a prova leva a quantidade de “bolos” pré-determinados e quem cumprir a prova primeiro vai ser o orador da próxima partida!

MAMÃE, POSSO IR?

Todas as crianças alinhadas escolhem uma para ser a mãe enquanto as outras serão filhas. De uma distância é estabelecido o seguinte diálogo: “Mamãe, posso ir?” “Pode.” “Quantos passos?” “Três de elefante.” Dá três grandes passos em direção à mãe. Outra criança repete. “Mamãe, posso ir?” “Pode.” “Quantos passos?” ”Dois de cabrito.” Dá dois passos médios em direção à mãe. “Mamãe, posso ir?” “Pode.” “Quantos passos?” “Quatro de formiga.” Quatro passos pequenos à frente. A primeira das filhas que atingir a mãe assume o posto.

CINCO MARIAS ou PEDRINHAS

Para jogar, é preciso ter cinco pedrinhas ou saquinhos com areia dentro. Depois de agitar as pedrinhas dentro de suas mãos fechadas, jogue-as para cima, com cuidado para elas não se espalharem muito quando caírem no chão. Pegue uma pedra e atire para cima. Você tem de apanhar outra pedra do chão antes de agarrar a que jogou para cima. E assim você vai fazendo, até que todas estejam em sua mão. Mas atenção: quando for apanhar uma pedra do chão, não pode tocar em nenhuma outra. Se isso acontecer, agite as pedrinhas e jogue-as para cima de novo. Faça um arco com a mão esquerda (ou com a direita, se você for canhoto), perto de onde estão as pedrinhas. Jogue uma pedra para cima. Agora você tem de passar uma pedra por baixo do arco antes de apanhar a pedra que jogou para cima sem tocar em nenhuma outra pedra. Vá repetindo essa jogada, até conseguir ter todas as pedrinhas em sua mão.

CAVALO-DE-PAU

COMO FAZER:

Desenhe a cabeça do cavalo em um pedaço de E.V.A. e recorte. É possível substituir esse material por papel cartão. Dobre ao meio, desenhe o olho e faça vários furos, alinhados, a um dedo de distância da borda. Deixe um espaço sem furar na parte de baixo. Corte pedaços de 50 centímetros de lã e passe pelos furos. Amarre-os para fechar a cabeça do cavalo e compor a crina. Faça também um ou dois furinhos para formar o focinho do animal. Encaixe a cabeça em um cabo de vassoura.

COMO BRINCAR:

A criança monta no brinquedo e “cavalga” pela escola. Você pode organizar uma corrida. Trace no chão uma linha de partida e outra de chegada e dê o sinal de largada. Outra sugestão é usar os cavalos nos teatrinhos. Todos, príncipes e princesas, gostarão de montar em seus belos animais.

PÉ-DE-LATA

COMO FAZER:

Separe latas usadas, do mesmo tamanho (achocolatado ou leite em pó, por exemplo). Faça dois furos diametralmente opostos no fundo. Passe uma corda de náilon de 1,2 metro pelos furos da lata e una as extremidades com um nó bem forte dentro do recipiente. Coloque a tampa e decore com retalhos de plástico adesivo ou tinta. Faça o mesmo com outra lata.

COMO BRINCAR:

As crianças sobem nas latas e tentam se equilibrar segurando nas cordas. Além de andar pela escola com os pés de lata, eles vão se divertir apostando uma corrida, andando para trás ou vencendo um percurso com obstáculos.

DIABOLÔ

COMO FAZER:

Escolha duas garrafas PET com formato arredondado. Corte-as 15 centímetros a partir da boca, desprezando a parte de baixo. Corte também o gargalo de uma delas. Lixe as bordas para tirar as rebarbas. Encaixe as duas pela boca e rosqueie a tampa prendendo uma na outra. Decore o brinquedo com tinta ou plástico adesivo. Para o suporte, use duas varetas de 8 milímetros de diâmetro por 25 centímetros de comprimento e 1 metro de barbante. Fure as duas varetas em uma das extremidades e passe-as pelo cordão. Dê um nó nas pontas.

COMO BRINCAR:

A criança coloca o diabolô no chão e passa a corda por baixo dele, segurando uma vareta em
cada mão. Ela rola o brinquedo pelo chão para pegar embalo e o levanta. Com uma das mãos, dá puxadas rápidas para que ele gire somente em um sentido. A outra mão apenas acompanha os movimentos. É importante ficar sempre de frente para uma das bocas do diabolô. Se ele pender para a frente ou para trás, é preciso ajeitá-lo novamente. Depois de dominar esses movimentos, é possível jogar o diabolô para o alto. Para isso, a criança abre rapidamente os braços, dando um impulso para cima. Para pegá-lo, mira o cordão no centro do brinquedo e, assim que ele voltar, afrouxa o cordão.
O brinquedo também é chamado de jabolô, diavolô e diábolo, dependendo da região brasileira.


ELEFANTINHO COLORIDO

Aqui temos também uma variação, onde todos os participantes de um time deverão encontrar a “cor” escolhida, mas desta vez devem tocar o objeto juntos. O grupo deverá ser dividido em 2 times de minimamente 3 pessoas em cada um. Uma criança é escolhida para comandar. Ela fica na frente das demais e diz “Elefantinho colorido” os grupos perguntam “Que cor?” O comandante escolhe uma cor e os grupos saem correndo para tocar em algo que tenha aquela cor. As crianças deverão procurar tocar ao mesmo tempo no objeto, escolhendo estratégias de ação e apoiando-se mutuamente. Se o pegador encostar em uma criança antes de ela chegar na cor escolhida, todo o grupo perde e escolhe uma delas para ser o comandante.

TARTARUGA GIGANTE

O objetivo do jogo é mover a tartaruga gigante em uma direção. A tartaruga gigante será um grupo de 3 a 8 crianças cobertas por um tapete ou um pano mais pesado e que irão se movendo sem que nenhuma delas fique fora do tapete Crianças nessa faixa etária adoram repetir, repetir e repetir o jogo. Quando elas não quiserem mais continuar o jogo acabará por si só. O grupo de crianças engatinha sob a “casca da tartaruga” e tenta fazer a tartaruga se mover em uma direção. Um desafio maior pode ser ultrapassar “montanhas” (um banco) ou percorrer um caminho com obstáculos sem perder a casca.
DICA: No começo as crianças podem se mover para diferentes direções e pode demandar algum tempo até que elas perceberem que têm que trabalhar juntas para a tartaruga se mover. Mas não desista. Repita outras vezes, em outros dias e, se necessário, faça um “ensaio” com elas sem estarem carregando a casca.

domingo, 15 de maio de 2011

Síntese do texto: Aportes Teóricos e Metodológicos que subsidiam as orientações curriculares na educação infantil. de Verena Wiggers - UFSC CAPES/CNPq


            Esta pesquisa foi enviada para 293 municípios do estado catarinense, solicitando o envio dos documentos sínteses do delineamento das orientações curriculares para a creche e a pré-escola das redes municipais, recebendo uma devolutiva de 73 cidades, totalizando 25% do seu total. As orientações curriculares foram elaboradas entre 01 de janeiro de 2001 a 01 de abril de 2006, sendo que os objetivos foram apontar os referenciais teóricos e metodológicos que fundamentavam essas orientações curriculares e os seus contextos administrativos, econômicos, sociais e políticos.
            As cidades com maior população foram as que mais retornaram os questionários e disponibilizaram os seus documentos, constatando-se que são as que mais têm acesso ao conhecimento elaborado pela área, incorporando algumas questões que estão em discussão no contexto da educação infantil.
            Os municípios maiores oferecem creches e pré-escolas tendo uma maior demanda por vagas, já as cidades menos populosas, uma parcela significativa não oferece serviços de creche, alguns apresentam atendimento superior a 90% na pré-escola e na creche a oferta supera a 40% da demanda. Já os municípios maiores não oferecem mais de 70% na pré-escola e na creche os indicadores excedem a 30% da demanda.
            Existe o predomínio dos serviços públicos municipais, oferecendo atendimento em creches e pré-escolas nas maiores cidades, assim como também atendimento de creche pela rede privada, que em sua maior parte são compostas pelas filantrópicas e beneficentes.
            Os serviços de creche são os que apresentam maior carência de atendimento, sendo que em vários espaços seus serviços apresentam-se desprovidos de qualidade.
            Constatou-se que a creche predomina nas áreas urbanas, sendo que a pré-escola é uma realidade tanto na zona rural quanto na urbana e a maioria dos estabelecimentos possui vínculos com o setor educacional.
            Os critérios para a escolha de vagas geralmente são os pais estarem exercendo uma função remunerada e o favorecimento das famílias de menor renda per capita, havendo uma demanda por vagas maior em creches em período integral e nas pré-escolas por período parcial.
            Com relação à formação dos profissionais que atuam na creche e na pré-escola comparados com a realidade nacional apresentam índices superiores, porém a formação destes profissionais não atende as necessidades exigidas pela prática, visando o desenvolvimento integral das crianças.
            Na pesquisa constatou-se a grande dificuldade dos profissionais da creche e da pré-escola em lidar com as necessidades das famílias e da comunidade.
            Com relação ao atendimento das crianças portadoras de necessidades especiais estas são feitas pela rede municipal de educação infantil, havendo articulação entre estes estabelecimentos e os serviços especializados.
            Com relação ao trabalho nas creches percebe-se uma maior carência, sendo que recebem menos materiais pedagógicos e específicos, menor participação na elaboração e implantação das orientações pedagógicas e sofre imposição do que é pensado para as crianças maiores para ser executado com as crianças menores.
            Constatou-se que o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil foi o mais citado nos documentos-sínteses de orientações, sendo que a educação infantil é marcada pela “versão escolar”, em que usa-se como parâmetro o trabalho pedagógico realizado na escola e implementado na educação infantil, apresentando como eixo organizador o trabalho cotidiano e os conteúdos das áreas de conhecimento.
            Há uma grande distância entre a teoria e a prática, sendo que os autores das propostas conhecem as teorias que embasam a sua proposta pedagógica para a educação infantil, mas quando descrevem os encaminhamentos pedagógicos baseados nas teorias da educação descritas nos documentos, acabam se perdendo e gerando uma incompatibilidade entre as mesmas.
            Foi observado nos documentos críticas aos processos educativos em que são realizadas atividades sem significado para as crianças, ao trabalho planejado apenas pelo adulto, as posturas de escolas tradicionais, a padronização das rotinas e ações do cotidiano e a desarticulação das ações de cuidado e educação.
            Porém, em algumas propostas pedagógicas, várias das ações criticadas em outros momentos serviam como orientação para as práticas diárias, gerando contradições.
            É preciso organizar as ações pedagógicas realizadas na educação infantil visando, não apenas aos aspectos do desenvolvimento humano, mas que também considere todas as dimensões que constituem a humanidade.

           

Síntese do texto: Currículo: evolução, conceitos e definições de Verena Wiggers

         
            O uso do termo currículo é recente no contexto escolar, sendo que ele apareceu no ano de 1582 na Universidade de Leiden, em 1633 na Universidade de Glasgow e de acordo com Domingues, o termo foi incluído no dicionário apenas em 1856.
            No Brasil, apenas no ano de 1966 surgiram os manuais de Currículo baseados na concepção de Tyler. A partir dos anos 70, passa a ser compreendido como o resultado de um processo histórico e social.
            O currículo envolve os conhecimentos construídos ao longo da história, assim como as concepções, crenças e valores que são importantes de serem transmitidos para as crianças e jovens de cada sociedade, refletindo os conflitos entre os interesses sociais e os valores dominantes.
            Embora muitos autores e pesquisadores tenham buscado uma conceituação a respeito do termo, não foi possível chegar a um consenso, pois na literatura especializada, identificam-se variadas concepções, sendo que mais importante que conceituar, é perceber quais são as suas características e especificidades.
            Com o passar do tempo, o currículo foi conceituado de diferentes formas, como uma lista de disciplinas, atividades desenvolvidas sob a responsabilidade da escola, grupo de cursos ou matérias da graduação, conjunto de experiências que a criança adquire na escola ou como prática social, referindo-se a reprodução e recriação cultural e social das esferas de cada sociedade, incorporando as manifestações de seus conflitos.
            A análise do currículo deve englobar o currículo oficial/explícito, manifesto, em ação, oculto e real, para que seja possível compreendê-lo como uma prática em que se une ideias e práticas, intenção e realidade.
            Relacionando a avaliação ao conceito de currículo, esta passa a acompanhar todo o processo de ensino e aprendizagem, servindo como reflexão e replanejamento das ações realizadas na escola, tendo a função de diagnosticar elementos explícitos ao processo de educação institucional, com o objetivo de retomar as ações no seu próprio curso.
            Para responder ao questionamento sobre o que é proposta pedagógica e currículo em educação infantil foram consultadas algumas especialistas da área,  que foram Tisuko Morchida Kischimoto, Zilma de Moraes Ramos de Oliveira, Maria Lúcia de A. Machado, Ana Maria Melo e Sônia Kramer.
            Tisuko Morchida Kischimoto (Brasil, 1996) utiliza a etimologia do termo de origem latina que significa carro, carruagem e de forma metafórica relaciona-o ao contexto educacional, conceituando-o como um caminho, uma direção para que determinados objetivos sejam alcançados.
            Kischimoto também faz distinção entre os termos, sendo que currículo refere-se à experiência vivenciada pelo aluno na escola e/ou o delineamento de intenções visando à realização de um conjunto de experiências e aprendizagens. O termo programa considera o delineamento de ações no contexto governamental e institucional e o termo proposta pedagógica é a explicitação de qualquer orientação na escola ou rede.
            Zilma de Moraes Ramos de Oliveira (Brasil, 1996) conceitua currículo como um roteiro de viagem coordenado por um parceiro mais experiente – o professor – com a participação de todos os envolvidos. Deve-se voltar ao trabalho pedagógico realizado com as crianças, porém considera importante a inclusão das tarefas de cuidado realizadas nas Instituições de Educação Infantil.
            Para Maria Lúcia de A. Machado (Brasil, 1996) os termos proposta pedagógica, proposta educativa, projeto pedagógico e projeto educativo apresentam significados similares que consistem em um conjunto de princípios e ações que regem o cotidiano dos Centros de educação Infantil. Porém, esta autora prefere utilizar o termo projeto educacional-pedagógico, pois projeto traz a ideia de plano, esboço, incompletude a ser traduzida em realidade e tem como intenção servir de guia à ação dos profissionais nas Instituições de Educação Infantil. A junção do termo educacional a palavra projeto indica a intencionalidade e comprometimento no desenvolvimento global da criança e, o termo pedagógico implica o caráter intencional e sistematizado do atendimento.
            Para Ana Maria Melo (Brasil, 1996) o termo proposta psicopedagógica é mais adequado para o currículo na educação infantil, pois inclui a necessidade de considerar as características dos sujeitos que aprendem. Comenta também que a proposta pedagógica é o delineamento de diretrizes orientadoras dos princípios e objetivos gerais.
            De acordo com Sônia Kramer (Brasil, 1996) o currículo ou proposta pedagógica (não havendo diferenciação entre os dois termos para a autora) reúne as bases teóricas e as diretrizes práticas, assim como aspectos de natureza técnica para a sua concretização. Para Sônia, é de grande importância que os profissionais que trabalham na Educação Infantil estejam sempre se atualizando, tendo acesso ao conhecimento da área e também da cultura, para que possam refletir sobre a sua prática e se reconstruírem como sujeitos da produção de conhecimento.
            Após as análises das respostas das autoras, entende-se que não é necessária a criação de novos termos para se referir ao currículo na Educação Infantil, sendo que os que já são utilizados são amplos, não fazendo distinção das particularidades entre creche e pré-escola. Existe uma evolução dos termos currículo e proposta pedagógica, pois estes deixaram de referir-se a contextos fechados e específicos da educação para contextos mais abertos, em que os variados fatores do meio educacional precisam ser definidos e avaliados permanentemente para serem modificados e reelaborados cotidianamente.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Autoestima nas crianças


Por Adriana Marinsalta.

         Durante o desenvolvimento da infância a criança passa por numerosas experiências que lhe produzem prazer, alegria, satisfação e outras que lhe provocam ansiedade, decepção ou estresse. Estas vivências despertam sentimentos na criança que a levam a sentir-se mais ou menos valorizada, mais ou menos resistente às frustrações, mais ou menos forte frente às críticas, ou diante dos próprios erros, mais ou menos satisfeito consigo mesmo.
         Quando este caminho é positivo a criança chega a sentir que é capaz e merecedora de carinho.
         Porém nem tudo depende da criança. Ainda que em suas vivências vá conhecendo as suas fraquezas e debilidades, seu ambiente e de todas as suas relações (família, docentes, pares...) estes representam um aspecto chave já que as crianças sentem um constante desejo de impressionar o pai, a mãe, a seus entes queridos, ao professor e a seus amiguinhos, porque desta maneira confirmam sua aceitação e valorização.
         No intuito de sentirem-se capazes, aceitos e queridos, os adultos podem atuar de forma correta se colocarem as crianças diante de situações que estejam ao alcance de suas possibilidades; desta maneira os obstáculos deixam de ser dificuldades para serem tomados como desafios. É neste ponto que a autoestima favorece um caminho positivo. Mesmo quando não se ganha uma competição, sentir que foi importante estar ali e contar com o apoio dos entes queridos, permite uma vivência positiva.
         Porém também podemos atuar negativamente sem intenção de fazê-lo. Para evitar danos é necessário conhecer as atitudes que levam a consequências não desejadas:
·        Exigir em excesso leva a criança à insegurança e à falta de confiança em si mesma;
·        Imposição produz medo e retraimento, por isso aumenta o conflito;
·       Superproteção cria dependência e incapacidade, as crianças podem sentir o afeto, porém nunca se sentirão capazes ou úteis.

Indicadores de baixa estima:
·        Desânimo;
·        Colaboram pouco;
·        Mostram-se irritados e impulsivos;
·        Sentem-se inferiores e derrotados;
·        Culpam os outros;
·        Não vêm seus próprios méritos;
·        Temem equivocar-se;
·        Desejam ser como outros;
·        Enganam ou mentem;
·        Têm poucos amigos.

O que fazer no papel do professor?
·       Respeitar individualidades, cada criança possui o seu ritmo;
·       Avaliar o esforço diante da execução ou resultados;
·       Ouvir as crianças e os pais quando chegam à escola; o que lhes acontece influi em sua forma de atuar;
·       Oferecer opiniões positivas e afeto sem deixar de colocar limites que se possam cumprir;
·       Transmitir segurança e proteção aos meninos e meninas para que possam esboçar dúvidas e temores;
·       Favorecer a atitude reparadora, refazer o que não saiu como se esperava; aprende-se com os acertos e também com os erros;
·       Demonstrar confiança e sustentar a motivação;
·       Proporcionar situações onde tenham que decidir, resolver e controlar sua própria conduta;
·       Caso persista o comportamento negativo encaminhar para uma avaliação com um profissional idôneo.

Proposta de interações e brincadeiras: Caça ao tesouro sensorial

Campos de experiências: * Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento: * Classi...